São Paulo, sexta, 18 de julho de 1997.



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Vicentinho diz que ficou para atender pedidos

da Reportagem Local

O presidente da CUT, Vicente Paulo da Silva, o Vicentinho, disse que sua decisão de permanecer na central foi motivada por pedidos.
"Recebi muitas solicitações do Brasil inteiro para ficar. E eu não queria sair da central sem que todos concordassem", disse.
Vicentinho garante que, com a decisão, está abandonando a idéia de disputar um mandato de deputado federal pelo PT nas eleições do ano que vem.
"Foi uma decisão difícil, mas decidi permanecer no movimento sindical", afirmou.
Vicentinho considera, portanto, que as críticas dos bancários à sua escolha para disputar as próximas eleições são incompreensíveis.
Ontem, o Sindicato dos Bancários decidiu não indicar nomes para chapa encabeçada por Vicentinho para as eleições de agosto.
De acordo com ele, a reação foi causada pela frustração de expectativa, já que os bancários de São Paulo pretendiam indicar o candidato à presidência.
Vicentinho afirmou que irá insistir para que os bancários voltem atrás e indiquem nomes para a chapa que irá encabeçar.
"Os bancários são uma categoria importante e vamos conversar muito para convencê-los a ficar", afirmou.
O presidente da CUT rebateu as críticas dos bancários, que o definiram como centralizador.
Segundo ele, a convocação da greve geral não foi uma decisão sua.
"Ela foi tão discutida, dentro e fora da CUT, que teve a participação de três centrais sindicais".
Vicentinho também disse que as conversas com o governo sobre a reforma da Previdência foram debatidas na central. "Todas essas são críticas fáceis", considerou.
Discrição
Outros dirigentes da Articulação evitaram comentar a decisão dos bancários.
Mas caso os bancários não sejam convencidos, a tendência já escolheu um novo nome para o cargo de secretário-geral. É o de João Felício, do sindicato dos professores de São Paulo.



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