|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Campanhas vão
discutir falta de
mão-de-obra
DA REPORTAGEM LOCAL
A falta de mão-de-obra especializada no setor metalúrgico
vai entrar na pauta de negociações do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo.
De 1990 até agora, a indústria
metalúrgica perdeu 100 mil trabalhadores com a recessão e os
programas para enxugar custos. Se a economia brasileira
deslanchar, as fábricas vão precisar de todos eles, segundo informa Newton de Mello, presidente da Abimaq, associação
dos fabricantes de máquinas.
Algumas empresas já estão
com dificuldade para encontrar mão-de-obra especializada
-caso de autopeças da zona
sul e de fabricantes de máquinas da zona oeste, segundo informa o sindicato.
Os metalúrgicos qualificados
demitidos nos últimos anos
procuraram outras profissões.
"Muitos desses trabalhadores
se tornaram taxistas", afirma o
presidente da Abimaq.
"Vamos discutir a falta de
empregados qualificados na
nossa campanha salarial e propor parceria aos patrões para
qualificar os trabalhadores. Do
governo, vamos cobrar investimentos em programas de qualificação. Eles deveriam ser reformulados, não encerrados
como foram", diz Eleno Bezerra, presidente do sindicato.
Para suprir a falta de trabalhadores especializados -como torneiro mecânico e ferramenteiro-, as fábricas estão
reforçando seus programas de
qualificação profissional dos
jovens. A mão-de-obra especializada é necessária, segundo
empresários, para a indústria
aumentar as vendas e a produção. Neste ano, a indústria de
máquinas contratou cerca de
8.000 empregados e estima admitir outras 8.000 neste semestre.
(FF e CR)
Texto Anterior: Trabalho: Sindicato tenta repor perda do Real Próximo Texto: Investimentos: "Força-tarefa" fará lobby por PPPs Índice
|