São Paulo, quarta-feira, 18 de agosto de 2004

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Campanhas vão discutir falta de mão-de-obra

DA REPORTAGEM LOCAL

A falta de mão-de-obra especializada no setor metalúrgico vai entrar na pauta de negociações do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo.
De 1990 até agora, a indústria metalúrgica perdeu 100 mil trabalhadores com a recessão e os programas para enxugar custos. Se a economia brasileira deslanchar, as fábricas vão precisar de todos eles, segundo informa Newton de Mello, presidente da Abimaq, associação dos fabricantes de máquinas.
Algumas empresas já estão com dificuldade para encontrar mão-de-obra especializada -caso de autopeças da zona sul e de fabricantes de máquinas da zona oeste, segundo informa o sindicato.
Os metalúrgicos qualificados demitidos nos últimos anos procuraram outras profissões. "Muitos desses trabalhadores se tornaram taxistas", afirma o presidente da Abimaq.
"Vamos discutir a falta de empregados qualificados na nossa campanha salarial e propor parceria aos patrões para qualificar os trabalhadores. Do governo, vamos cobrar investimentos em programas de qualificação. Eles deveriam ser reformulados, não encerrados como foram", diz Eleno Bezerra, presidente do sindicato.
Para suprir a falta de trabalhadores especializados -como torneiro mecânico e ferramenteiro-, as fábricas estão reforçando seus programas de qualificação profissional dos jovens. A mão-de-obra especializada é necessária, segundo empresários, para a indústria aumentar as vendas e a produção. Neste ano, a indústria de máquinas contratou cerca de 8.000 empregados e estima admitir outras 8.000 neste semestre. (FF e CR)

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