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MERCADO FINANCEIRO
Bovespa sobe 1,37% à espera da redução dos juros; risco-país cai a 660 pontos, menor patamar em 3 anos
Bolsa atinge maior nível desde março de 2001
DA REPORTAGEM LOCAL
Na expectativa de que o Copom
decidisse por mais uma redução
dos juros básicos da economia, a
Bovespa fechou em alta de 1,37%.
O Copom (Comitê de Política
Monetária) anunciou no início da
noite de ontem, após o fechamento do mercado, sua decisão de
cortar a taxa básica (Selic) de 22%
para 20%.
Na BM&F (Bolsa de Mercadorias & Futuros), o contrato DI
-que considera as operações entre os bancos- de prazo mais
curto fechou ontem a 19,78%,
projetando a expectativa do mercado de que o Copom cortaria os
juros em dois pontos percentuais.
Para a virada do ano, o mercado
futuro projeta a Selic entre 17% e
18% anuais. Ontem, o contrato DI
com prazo em janeiro fechou
com taxa de 18,89%.
A Bolsa paulista fechou ontem
na máxima do dia, aos 16.492
pontos, maior nível desde março
de 2001. No ano, o Ibovespa (índice das 54 ações mais negociadas)
tem valorização acumulada de
46,3%. No mês, o ganho da Bolsa
é de 8,6%.
Juros em níveis menores tendem a estimular a migração de investidores para a renda variável,
especialmente o mercado de
ações.
Segundo os últimos dados divulgados pela Anbid (Associação
Nacional dos Bancos de Investimento), referentes ao dia 11, as
aplicações nos fundos de ações
superaram os saques em mais de
R$ 173 milhões em setembro.
Já os fundos DI, que acompanham os juros, estavam com captação negativa de R$ 721 milhões
no mesmo período.
As ações preferenciais da Bradespar registraram a maior alta
do pregão de ontem, com ganho
de 6,8%. A maior perda do dia ficou com o papel com direito a voto da Souza Cruz, que caiu 1,5%.
Procura
No exterior, os C-Bonds encostaram em sua cotação recorde. Os
investidores voltaram a procurar
com maior interesse os títulos
brasileiros. A alta de 0,54% levou
os papéis da dívida brasileira mais
negociados a US$ 0,9256.
Esse movimento fez o risco-país
recuar mais um pouco e fechar
aos 660 pontos, menor nível em
três anos.
O mercado de câmbio teve um
dia de pouca movimentação. O
dólar encerrou o dia a R$ 2,91. A
moeda norte-americana recuou
ontem 0,10% diante do real.
(FABRICIO VIEIRA)
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