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São Paulo, quinta-feira, 18 de setembro de 2003

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MERCADO FINANCEIRO

Bovespa sobe 1,37% à espera da redução dos juros; risco-país cai a 660 pontos, menor patamar em 3 anos

Bolsa atinge maior nível desde março de 2001

DA REPORTAGEM LOCAL

Na expectativa de que o Copom decidisse por mais uma redução dos juros básicos da economia, a Bovespa fechou em alta de 1,37%.
O Copom (Comitê de Política Monetária) anunciou no início da noite de ontem, após o fechamento do mercado, sua decisão de cortar a taxa básica (Selic) de 22% para 20%.
Na BM&F (Bolsa de Mercadorias & Futuros), o contrato DI -que considera as operações entre os bancos- de prazo mais curto fechou ontem a 19,78%, projetando a expectativa do mercado de que o Copom cortaria os juros em dois pontos percentuais.
Para a virada do ano, o mercado futuro projeta a Selic entre 17% e 18% anuais. Ontem, o contrato DI com prazo em janeiro fechou com taxa de 18,89%.
A Bolsa paulista fechou ontem na máxima do dia, aos 16.492 pontos, maior nível desde março de 2001. No ano, o Ibovespa (índice das 54 ações mais negociadas) tem valorização acumulada de 46,3%. No mês, o ganho da Bolsa é de 8,6%.
Juros em níveis menores tendem a estimular a migração de investidores para a renda variável, especialmente o mercado de ações.
Segundo os últimos dados divulgados pela Anbid (Associação Nacional dos Bancos de Investimento), referentes ao dia 11, as aplicações nos fundos de ações superaram os saques em mais de R$ 173 milhões em setembro.
Já os fundos DI, que acompanham os juros, estavam com captação negativa de R$ 721 milhões no mesmo período.
As ações preferenciais da Bradespar registraram a maior alta do pregão de ontem, com ganho de 6,8%. A maior perda do dia ficou com o papel com direito a voto da Souza Cruz, que caiu 1,5%.

Procura
No exterior, os C-Bonds encostaram em sua cotação recorde. Os investidores voltaram a procurar com maior interesse os títulos brasileiros. A alta de 0,54% levou os papéis da dívida brasileira mais negociados a US$ 0,9256.
Esse movimento fez o risco-país recuar mais um pouco e fechar aos 660 pontos, menor nível em três anos.
O mercado de câmbio teve um dia de pouca movimentação. O dólar encerrou o dia a R$ 2,91. A moeda norte-americana recuou ontem 0,10% diante do real.
(FABRICIO VIEIRA)


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