São Paulo, terça-feira, 18 de setembro de 2007

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Governo do Reino Unido promete garantir todos os depósitos de banco

Milhares de clientes fizeram filas para retirar depósitos no Northern Rock

DA REDAÇÃO

Com as filas de clientes querendo sacar seus depósitos crescendo diante das agências do banco Northern Rock no Reino Unido, o governo britânico prometeu que todos os depósitos na instituição estão "a salvo e garantidos".
"Caso seja necessário, nós e o Banco da Inglaterra [o banco central britânico] colocaremos em prática os ajustes que garantirão todos os depósitos existentes no banco Northern Rock durante a atual instabilidade nos mercados financeiros", disse, em nota, o ministro das Finanças, Alistair Darling.
A promessa do ministro vai além do atual sistema do governo britânico, que protege 90% dos depósitos até um valor de 35 mil libras esterlinas (cerca de US$ 70 mil).
Milhares de clientes faziam fila para sacar as economias da instituição financeira ontem. Em algumas agências havia filas com mais de 200 pessoas, que esperavam até cinco horas para conseguir entrar na instituição. Só na sexta e no sábado, clientes retiraram 2 bilhões de libras, mas analistas dizem que esse montante poderá chegar a 12 bilhões de libras -que representam cerca de metade dos depósitos do banco.
"Eu não entrei em pânico inicialmente, mas, quando você olha as notícias, começa a pensar que talvez seja melhor fazer isso", disse Barbara Williams, aposentada que esperava em pé na fila em uma agência em Londres. "Pensamos em fazer o que todo mundo está fazendo. Certo ou errado, é um risco que você não pode assumir."
As ações do banco se desvalorizaram 35% ontem -já tinham registrado perda de 31% na sexta, depois que o BC britânico concedeu um empréstimo de emergência à instituição, cujo acesso a fundos secou por conta do aumento no custo de empréstimos entre bancos. Já os papéis do Alliance & Leicester, o sétimo maior banco do país, caíram 31% ontem
O Northern Rock negou que esteja negociando a sua venda, mas afirmou que está analisando suas opções.


Com Reuters e o "Financial Times"


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