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Sodexho compra VR e vira líder em vale-refeição no país
Grupo francês paga R$ 1 bilhão pelas operações e fica com 35% do mercado
Negócio ainda precisa da
aprovação do BC e do Cade;
Accor, proprietária da Ticket
e nš 1 no setor, também
tinha interesse na aquisição
DENISE BRITO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
O grupo francês Sodexho
anunciou ontem a aquisição
das operações de cheques e cartões de serviço -alimentação,
refeição, combustíveis e vale-transporte- do Grupo VR por
R$ 1 bilhão. Com o negócio, o
grupo passa de terceiro colocado a líder no ranking no país.
A conclusão da operação, porém, só se dará dentro de três
meses, quando o Banco Central
e o Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica)
emitirem seus pareceres.
A multinacional francesa Accor, atuante em hotelaria e proprietária da Ticket, marca líder
e pioneira em refeição-convênio no país, também estava interessada na VR e chegou a iniciar conversas para formular
uma proposta. Ela é a principal
concorrente da Sodexho no setor de vales.
A necessidade de aprovação
dos órgãos reguladores decorre
de várias aspectos da operação.
Primeiro, o negócio de benefícios da VR é hoje parte de seu
banco [Banco VR, que continuará com a família Szajman] e
a saída de ativos terá de ser submetida à análise do BC. Já o
aval do Cade será exigido pelo
critério de faturamento das
empresas envolvidas -acima
de R$ 400 milhões- e devido à
concentração de mercado em
que redundará a aquisição
-cerca de 35%.
A Sodexho, pertencente à líder mundial em benefícios e
serviços ao trabalhador Sodexho Alliance, possui hoje no Brasil cerca de 17% de participação
do mercado de vales-alimentação e refeição, com faturamento estimado em R$ 3,2 bi, e agora passa atuar também no mercado automotivo.
Com a venda do Grupo VR,
de faturamento de R$ 4 bi e fatia de 18% do mercado, a família Szajman possui ainda a gravadora musical Trama e a empresa de processamento de benefícios Smart.Net, que agora
prestará serviços à Sodexho.
Apesar do aumento de concentração do mercado, a Abrasel (associação de bares e restaurantes), que há anos trava
batalha com as empresas fornecedoras de vales por considerar alto o valor da taxa de administração, não teme um endurecimento nas negociações. "A
Sodexho já sinalizou com uma
gestão mais flexível e está disposta a conversar", diz o diretor
da entidade Joaquim Saraiva
de Almeida. Para médios estabelecimentos, a taxa hoje varia
de 4% a 8% do valor do tíquete.
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