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Metalúrgicos fazem greve e bancários ameaçam parar
Dois dias de paralisação nos Correios atrasam a entrega de 2,1 milhões de correspondências em SP
DO "AGORA"
DA REPORTAGEM LOCAL
Cerca de 40 mil metalúrgicos
do ABC entraram em greve ontem por tempo indeterminado
após recusarem proposta de
reajuste salarial de 5,2%, considerada inferior ao esperado.
A categoria quer 2% de aumento real de salário mais 4,4%
de inflação e abono equivalente
a 40% do salário médio.
"Vamos cruzar os braços até
que as empresas assumam
compromisso com essa proposta", afirmou Sérgio Nobre, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC. Na região,
apenas funcionários das montadoras fecharam acordo, com
aumento de 6,53%.
Em Itu (103 km de São Paulo), cerca de 5.000 trabalhadores das indústrias de autopeças
e máquinas pararam as atividades ontem por uma hora.
Os bancários também ameaçam entrar em greve por tempo
indeterminado a partir da próxima quinta. Ontem, o comando nacional da categoria rejeitou, em negociação com os bancos, proposta de 4,5% de reajuste feita pela Fenaban (Federação Nacional dos Bancos) a
415 mil bancários do país.
Eles pedem reajuste de 10% e
PLR de três salários mais R$
3.850 fixos.
A assembleia dos trabalhadores será realizada no dia 23, em
São Paulo, para definir sobre a
greve caso a Fenaban não apresente nova proposta.
"Os banqueiros perderam
mais uma chance para buscar
um acordo na mesa de negociação, ao apresentar um reajuste
que não prevê aumento real de
salários e PLR menor do que no
ano passado, apesar de se manterem entre os setores mais lucrativos do país", disse Luiz
Cláudio Marcolino, presidente
do Sindicato dos Bancários de
São Paulo, Osasco e Região e
membro do Comando Nacional
dos Bancários.
Correios
Depois de dois dias de greve,
2,1 milhões de correspondências já estão com a entrega atrasada na Grande São Paulo.
A empresa diz que a zona
postal da região metropolitana
recebe 7 milhões de correspondências por dia.
Em assembleias realizadas
ontem em todo o país, os servidores rejeitaram a proposta de
aumento salarial de 9% que
serviria para atender às reivindicações deste ano e do ano que
vem. Ou seja, não poderia haver
campanha salarial em 2010.
Além disso, haveria mais um
aumento linear para todos de
R$ 100 em janeiro de 2010.
O sindicato irá apresentar
uma nova contraproposta.
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