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COMÉRCIO EXTERIOR
Em comunicado, Castillo defende sua candidatura para diretor-geral e responde ao Itamaraty
Candidato uruguaio para a OMC rebate críticas de brasileiros
DA REDAÇÃO
O diplomata uruguaio Carlos
Pérez Castillo divulgou comunicado ontem rebatendo as críticas
brasileiras à sua candidatura ao
cargo de diretor-geral da OMC
(Organização Mundial do Comércio). O Brasil planeja lançar o
nome do embaixador Luiz Felipe
de Seixas Corrêa para o posto.
Sócios no Mercosul, Brasil e
Uruguai estão com relações diplomáticas estremecidas. A candidatura de Castillo foi lançada
pelo presidente Jorge Battle. As
consultas para o lançamento do
nome de Seixas Corrêa foram iniciadas após aval do presidente
Luiz Inácio Lula da Silva.
O ministro brasileiro Celso
Amorim (Relações Exteriores) e
seus assessores não querem a direção da organização com o Uruguai, por causa de divergências
sobre as negociações comerciais
que acontecem na OMC -a Rodada Doha (ronda de liberalização comercial lançada em 2001).
O Uruguai foi o único país do
Mercosul que não entrou para o
G20, grupo de países em desenvolvimento liderado pelo Brasil
para pressionar EUA e Europa a
abrirem seus mercados agrícolas.
Castillo foi também o autor de
uma proposta de acordo na área
agrícola, no âmbito da Rodada
Doha, que desagradou ao Brasil.
O país e seus parceiros do G20 se
organizaram, em Cancún, no ano
passado, para derrubar o texto
que Castillo havia apresentado.
Na ocasião, os diplomatas brasileiros afirmavam que a proposta
de Castillo atendia apenas aos interesses dos países ricos.
Em seu comunicado ontem, o
uruguaio disse ter "credenciais
técnicas e antecedentes profissionais suficientes" para presidir o
organismo internacional.
Castillo disse que, no processo
de seleção, devem prevalecer "as
virtudes de cada candidato" e não
a tentativa de "desqualificar sem
fundamentos os competidores".
Na OMC não há votação para o
cargo de diretor-geral. É preciso
um consenso entre os membros
para a decisão. O próximo mandato, de quatro anos, começa no
segundo semestre de 2005. O
atual detentor do posto é o tailandês Supachai Panitchpakdi.
Com agências internacionais
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