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Por que o Brasil tende a crescer menos?
Depois de dois anos seguidos
de expansão econômica na casa
dos 5%, o governo já decretava
que fazia parte do passado a
comparação entre o crescimento brasileiro e um vôo de
galinha. Agora, a galinha está
prestes a pousar mais uma vez.
Não há, até o momento, previsões de recessão, mas é consensual que os percentuais de
crescimento serão mais modestos em 2009. Andar mais
devagar não é tão ruim quanto
andar para trás, mas os efeitos
econômicos e políticos são da
mesma natureza.
O Brasil já sofre com a retração mundial do crédito. Boa
parte do dinheiro emprestado
aqui dentro é obtida lá fora.
Com recessão nos Estados Unidos e na Europa, encolhe o
mercado para as exportações
brasileiras, que também cairão
de preço. Multinacionais tendem a cancelar ou adiar planos
de expansão no país.
Outra ameaça é a recente disparada do dólar, que não se sabe onde ou quando vai parar. Se
o dólar se mantiver alto, importações ficarão mais caras e a inflação tenderá a subir. Nesse
caso, o Banco Central, na contramão do resto do mundo, poderá optar por subir ainda mais
os juros e conter o consumo, o
investimento, o crescimento e
os preços.
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