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VAREJO
Submarino vai inaugurar lojas até dezembro
LÁSZLÓ VARGA
DA REPORTAGEM LOCAL
O site de vendas Submarino vai
deixar de ser apenas um negócio
virtual, com endereço na internet.
A empresa, que tem entre seus
acionistas a GP Investimentos,
inaugura no próximo dia 25 sua
primeira loja física. Será em Pirassununga, no interior paulista.
Até dezembro, mais três serão
inauguradas em Uberaba, Patos
de Minas e Caldas (MG). Se tudo
der certo, a empresa pretende encerrar 2003 com cerca de 40 lojas
espalhadas pelo Brasil.
"Não vamos ter produtos para
pronta entrega nas lojas. Teremos
mostruários e um funcionário para orientar o consumidor a fazer
suas compras em um dos dois
computadores de cada ponto-de-venda", afirma Murillo Tavares,
diretor-geral do Submarino. Os
pedidos serão enviados pela internet e a entrega será feita no máximo em cinco dias úteis.
Tavares afirma que o projeto
não é um sinal de que as vendas
feitas exclusivamente pela internet não estão dando o resultado
desejado. "Pelo contrário. Vamos
faturar em 2002 cerca de R$ 135
milhões, com aumento de 75%
em relação aos R$ 76 milhões de
2001. Acontece que o varejo moderno atua com vários canais de
venda, e agora vamos para as lojas
físicas."
A empresa está de olho nos consumidores com renda inferior a
R$ 3.500 mensais e que não têm
internet em casa ou nem sabem
como usá-la. A meta é fazer com
que as lojas físicas representem
15% do faturamento.
O Submarino segue a fórmula
de sucesso que o Magazine Luiza
criou há dez anos: o de lojas eletrônicas. São estabelecimentos de
pequeno porte, de 50 a 150 m2,
que exigem pouco investimento
mas atendem uma população antes carente de lojas nas suas cidades ou bairros.
O Magazine Luiza, que se dedica principalmente à venda de eletroeletrônicos, tem hoje 32 lojas
eletrônicas, de um total de 121 estabelecimentos. "As lojas eletrônicas permitem atender clientes a
custo baixo", afirma Frederico
Rodrigues, diretor de vendas da
rede.
Para ter uma idéia, uma loja de
pronta entrega da empresa tem
em média mil m2 e exige investimento de R$ 400 mil somente em
mercadorias. Já uma loja eletrônica demanda gastos totais de R$ 60
mil. Cerca de 8% das vendas do
Magazine Luiza, que deve faturar
R$ 650 milhões neste ano, vem
hoje das lojas eletrônicas.
Outra rede de eletrodomésticos
também decidiu adotar neste ano
o modelo de lojas eletrônicas. A
Lojas Colombo inaugurou em janeiro seu primeiro estabelecimento do tipo em Porto Alegre
(RS). Possui atualmente dez dessas lojas, de um total de 298 estabelecimentos. Segundo o consultor Marcos Gouvêa, as lojas eletrônicas são um modelo genuinamente brasileiro que poderá se
tornar referência mundial.
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