São Paulo, segunda-feira, 18 de novembro de 2002

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VAREJO

Submarino vai inaugurar lojas até dezembro

LÁSZLÓ VARGA
DA REPORTAGEM LOCAL

O site de vendas Submarino vai deixar de ser apenas um negócio virtual, com endereço na internet. A empresa, que tem entre seus acionistas a GP Investimentos, inaugura no próximo dia 25 sua primeira loja física. Será em Pirassununga, no interior paulista.
Até dezembro, mais três serão inauguradas em Uberaba, Patos de Minas e Caldas (MG). Se tudo der certo, a empresa pretende encerrar 2003 com cerca de 40 lojas espalhadas pelo Brasil.
"Não vamos ter produtos para pronta entrega nas lojas. Teremos mostruários e um funcionário para orientar o consumidor a fazer suas compras em um dos dois computadores de cada ponto-de-venda", afirma Murillo Tavares, diretor-geral do Submarino. Os pedidos serão enviados pela internet e a entrega será feita no máximo em cinco dias úteis.
Tavares afirma que o projeto não é um sinal de que as vendas feitas exclusivamente pela internet não estão dando o resultado desejado. "Pelo contrário. Vamos faturar em 2002 cerca de R$ 135 milhões, com aumento de 75% em relação aos R$ 76 milhões de 2001. Acontece que o varejo moderno atua com vários canais de venda, e agora vamos para as lojas físicas."
A empresa está de olho nos consumidores com renda inferior a R$ 3.500 mensais e que não têm internet em casa ou nem sabem como usá-la. A meta é fazer com que as lojas físicas representem 15% do faturamento.
O Submarino segue a fórmula de sucesso que o Magazine Luiza criou há dez anos: o de lojas eletrônicas. São estabelecimentos de pequeno porte, de 50 a 150 m2, que exigem pouco investimento mas atendem uma população antes carente de lojas nas suas cidades ou bairros.
O Magazine Luiza, que se dedica principalmente à venda de eletroeletrônicos, tem hoje 32 lojas eletrônicas, de um total de 121 estabelecimentos. "As lojas eletrônicas permitem atender clientes a custo baixo", afirma Frederico Rodrigues, diretor de vendas da rede.
Para ter uma idéia, uma loja de pronta entrega da empresa tem em média mil m2 e exige investimento de R$ 400 mil somente em mercadorias. Já uma loja eletrônica demanda gastos totais de R$ 60 mil. Cerca de 8% das vendas do Magazine Luiza, que deve faturar R$ 650 milhões neste ano, vem hoje das lojas eletrônicas.
Outra rede de eletrodomésticos também decidiu adotar neste ano o modelo de lojas eletrônicas. A Lojas Colombo inaugurou em janeiro seu primeiro estabelecimento do tipo em Porto Alegre (RS). Possui atualmente dez dessas lojas, de um total de 298 estabelecimentos. Segundo o consultor Marcos Gouvêa, as lojas eletrônicas são um modelo genuinamente brasileiro que poderá se tornar referência mundial.



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