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Governo reduz a zero IPI de caminhões
Medida atende a pedido de fabricantes e de transportadoras de cargas; vendas caíram 22% em novembro, segundo a Anfavea
Alíquota, hoje de 5%, será
zerada após publicação no
"Diário Oficial'; na semana
passada, IPI de automóveis
já havia sido reduzido
JULIANA ROCHA
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Depois de conceder desonerações para os fabricantes de
carros, o governo reduzirá a zero a alíquota de IPI (Imposto
sobre Produtos Industrializados) para os caminhões. Hoje, a
alíquota no setor é de 5%.
A desoneração atende a pedido de fabricantes e das transportadoras de cargas. Após a redução do imposto para automóveis, eles argumentaram
que os caminhões são instrumentos de trabalho e também
deveriam receber o benefício.
A medida chegou a ser incluída no pacote de desonerações
anunciadas na semana passada,
que contou com a reformulação da tabela do Imposto de
Renda com duas novas alíquotas e a redução do IOF para
operações de crédito. Pouco
antes do anúncio das medidas,
o benefício para os caminhões
foi retirado para mudanças técnicas no projeto.
Dados da Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes
de Veículos Automotores), que
também representa os fabricantes de caminhões, mostraram que as vendas caíram 22%
em novembro se comparadas
ao mês anterior. Em outubro,
quando o crédito ficou mais escasso, as vendas se mantiveram
estáveis ante setembro.
O número de licenciamentos
de caminhões em outubro foi
de 11.944, praticamente o mesmo de setembro (11.927). O sinal vermelho só foi aceso no
mês passado, quando os licenciamentos somaram 9.292.
A Anfavea afirma que não vai
se pronunciar enquanto a medida não for publicada no "Diário Oficial" da União, o que deverá ocorrer nos próximos dias.
A redução do imposto era um
pedido antigo do setor, já que
os ônibus e os tratores já contavam com alíquota zero de IPI.
Por serem considerados bens
de capital, os caminhões tinham IPI mais baixo que o de
carros.
Na semana passada, o IPI de
carros populares, de mil cilindradas, foi reduzido de 7% para
zero. Para os veículos entre
1.000 e 2.000 cilindradas, a redução foi de 13% para 6,5% nos
carros a gasolina e de 11% para
5,5% nos carros flex e a álcool.
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