São Paulo, quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

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Governo reduz a zero IPI de caminhões

Medida atende a pedido de fabricantes e de transportadoras de cargas; vendas caíram 22% em novembro, segundo a Anfavea

Alíquota, hoje de 5%, será zerada após publicação no "Diário Oficial'; na semana passada, IPI de automóveis já havia sido reduzido

JULIANA ROCHA
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Depois de conceder desonerações para os fabricantes de carros, o governo reduzirá a zero a alíquota de IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) para os caminhões. Hoje, a alíquota no setor é de 5%.
A desoneração atende a pedido de fabricantes e das transportadoras de cargas. Após a redução do imposto para automóveis, eles argumentaram que os caminhões são instrumentos de trabalho e também deveriam receber o benefício.
A medida chegou a ser incluída no pacote de desonerações anunciadas na semana passada, que contou com a reformulação da tabela do Imposto de Renda com duas novas alíquotas e a redução do IOF para operações de crédito. Pouco antes do anúncio das medidas, o benefício para os caminhões foi retirado para mudanças técnicas no projeto.
Dados da Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores), que também representa os fabricantes de caminhões, mostraram que as vendas caíram 22% em novembro se comparadas ao mês anterior. Em outubro, quando o crédito ficou mais escasso, as vendas se mantiveram estáveis ante setembro.
O número de licenciamentos de caminhões em outubro foi de 11.944, praticamente o mesmo de setembro (11.927). O sinal vermelho só foi aceso no mês passado, quando os licenciamentos somaram 9.292.
A Anfavea afirma que não vai se pronunciar enquanto a medida não for publicada no "Diário Oficial" da União, o que deverá ocorrer nos próximos dias.
A redução do imposto era um pedido antigo do setor, já que os ônibus e os tratores já contavam com alíquota zero de IPI. Por serem considerados bens de capital, os caminhões tinham IPI mais baixo que o de carros.
Na semana passada, o IPI de carros populares, de mil cilindradas, foi reduzido de 7% para zero. Para os veículos entre 1.000 e 2.000 cilindradas, a redução foi de 13% para 6,5% nos carros a gasolina e de 11% para 5,5% nos carros flex e a álcool.


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