DA REPORTAGEM LOCAL

O conselho da Braskem aprovou nesta semana investimentos de US$ 180 milhões a serem feitos em estudos de viabilidade econômica em duas fábricas na Venezuela. A petroquímica tem uma parceria com a estatal venezuelana Pequiven, que deverá colocar entre US$ 3,3 bilhões e US$ 3,5 bilhões nas duas unidades, até 2012.
"Compramos nosso tíquete de entrada para o time das petroquímicas globais", afirma José Carlos Grubisich, presidente da Braskem. "Nossas fábricas na Venezuela terão os mesmos custos de produção das petroquímicas no Oriente Médio."
Segundo ele, pelo menos dez empresas ligadas à cadeia do plástico, brasileiras e latinas, visitaram a Venezuela e estão interessados em instalar fábricas transformadoras no país.
Grubisich afirma também que o interesse da Braskem no Peru aumentou, depois da descoberta da reserva de gás natural por Petrobras e a Repsol-YPF nesta semana. A Braskem, porém, irá esperar a confirmação do tamanho da reserva e da garantia da vazão de gás antes de investir no projeto.
"Estamos hoje no Peru na mesma etapa que estávamos dois anos atrás, na Venezuela", diz ele.
Com geração de caixa anual de US$ 1,7 bilhão, a empresa diz ter agora sua capacidade de investimentos acelerada para os próximos anos. "Vamos participar de maneira ativa no redesenho da petroquímica global", diz ele.
(CRISTIANE BARBIERI)


Texto Anterior: Dilma veta Colasuonno para secretaria executiva de Energia
Próximo Texto: Fiscalização: Usinas deverão cadastrar casas de bóias-frias
Índice