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Metalúrgicos querem
multa do FGTS corrigida
DA REPORTAGEM LOCAL
O Sindicato dos Metalúrgicos
do ABC vai cobrar das empresas
da região o pagamento da correção dos planos Verão (16,65%) e
Collor 1 (44,80%) sobre a multa de
40% do FGTS (Fundo de Garantia
do Tempo de Serviço) nos casos
em que os trabalhadores já foram
demitidos sem justa causa.
A reivindicação será entregue
amanhã a representantes do setor
patronal e das empresas da região
do ABC paulista. O presidente do
sindicato, Luiz Marinho, informou que, se não houver acordo
nas negociações com os empresários, uma ação será aberta para
pedir o pagamento.
Nos cálculos do sindicato, cerca
de 95 mil trabalhadores demitidos após janeiro de 89, quando foi
lançado o Plano Verão, podem ter
direito à correção. Só trabalhadores dispensados sem justa causa
recebem a multa de 40%.
"A cobrança da correção dos
dois planos econômicos se tornou
possível após a criação da lei complementar nš 110, em junho de
2001. Nessa lei, o governo reconhece as perdas, inclusive sobre a
multa", explica David Furtado
Meirelles, advogado do sindicato.
Caso recorra à Justiça, a ação do
sindicato será contra as empresas
-e não contra o governo- porque a multa do FGTS é uma verba
rescisória.
A partir de hoje, o sindicato vai
iniciar o cadastramento dos metalúrgicos que foram demitidos
na época e que têm direito ao benefício. É necessário levar documentos pessoais (CIC, RG, carteira profissional), rescisão do contrato de trabalho, extratos do
FGTS fornecidos pela CEF e termo de adesão ao pagamento das
perdas, caso o trabalhador tenha
feito essa opção.
Em junho do ano passado o governo começou a pagar a correção
monetária dos expurgos dos planos econômicos, conforme decisão do Supremo Tribunal Federal.
Cerca de 60 milhões de trabalhadores deverão receber R$ 42 bilhões. O pagamento irá até 2007,
quando os trabalhadores com direito a valores acima de R$ 8.000
receberão a última da sete parcelas semestrais.
(CR)
Informações: 0/xx/11/4128-4200
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