São Paulo, quarta-feira, 19 de abril de 2006

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GUERRA DAS PAPELEIRAS

Manifestantes fechavam trecho

Comerciantes argentinos derrubam bloqueio de fronteira com o Uruguai

DE BUENOS AIRES

Um grupo de comerciantes da cidade argentina de Colón (320 km de Buenos Aires) pôs fogo ontem nas barricadas feitas pela assembléia ambiental de moradores do município que interrompia o trânsito no trecho entre a Argentina e o Uruguai.
O bloqueio da fronteira com o Uruguai, que ocorria há 11 dias, era um protesto dos argentinos contra a instalação de duas fábricas de celulose em território uruguaio. Cerca de dez moradores protegiam as barricadas, mas não houve confronto. Os comerciantes afirmaram ter aberto a estrada porque têm prejuízos sem os compradores do país vizinho.
Ontem, ainda permanecia fechada, também por causa das "papeleiras", a principal passagem terrestre entre os países, em Gualeguaychú. Os moradores temem que as fábricas destruam o turismo na região -a Casa Rosada também se opõe às obras exigindo estudo de impacto ambiental. O governo uruguaio diz que o país já perdeu US$ 400 milhões com o protesto e pede que o tema seja discutido no Conselho do Mercosul. A Argentina se opõe.
A crise já afeta as reuniões e a imagem externa do Mercosul. O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, manteve na semana passada conversas com todos os envolvidos para tentar destravar o conflito. Ontem, Amorim recebeu em Brasília o secretário de Relações Econômicas Internacionais da chancelaria argentina, Alfredo Chiaradía -enviado pela Casa Rosada para explicar os argumentos do país na disputa.


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