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GUERRA DAS PAPELEIRAS
Manifestantes fechavam trecho
Comerciantes argentinos derrubam bloqueio de fronteira com o Uruguai
DE BUENOS AIRES
Um grupo de comerciantes da
cidade argentina de Colón (320
km de Buenos Aires) pôs fogo ontem nas barricadas feitas pela assembléia ambiental de moradores
do município que interrompia o
trânsito no trecho entre a Argentina e o Uruguai.
O bloqueio da fronteira com o
Uruguai, que ocorria há 11 dias,
era um protesto dos argentinos
contra a instalação de duas fábricas de celulose em território uruguaio. Cerca de dez moradores
protegiam as barricadas, mas não
houve confronto. Os comerciantes afirmaram ter aberto a estrada
porque têm prejuízos sem os
compradores do país vizinho.
Ontem, ainda permanecia fechada, também por causa das
"papeleiras", a principal passagem terrestre entre os países, em
Gualeguaychú. Os moradores temem que as fábricas destruam o
turismo na região -a Casa Rosada também se opõe às obras exigindo estudo de impacto ambiental. O governo uruguaio diz que o
país já perdeu US$ 400 milhões
com o protesto e pede que o tema
seja discutido no Conselho do
Mercosul. A Argentina se opõe.
A crise já afeta as reuniões e a
imagem externa do Mercosul. O
ministro das Relações Exteriores,
Celso Amorim, manteve na semana passada conversas com todos
os envolvidos para tentar destravar o conflito. Ontem, Amorim
recebeu em Brasília o secretário
de Relações Econômicas Internacionais da chancelaria argentina,
Alfredo Chiaradía -enviado pela
Casa Rosada para explicar os argumentos do país na disputa.
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