São Paulo, quarta-feira, 19 de maio de 2010

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Vaivém das commodities

MAURO ZAFALON - mauro.zafalon@uol.com.br

SEM IMPORTAÇÃO
O Mercosul não necessita de importações de arroz. A produção de Brasil, Uruguai, Argentina e Paraguai é suficiente para a região e até para exportar. Foi a constatação a que chegaram membros desses países produtores em reunião ontem em Rivera, no Uruguai.

ELEVAÇÃO DA TEC
Em vista dessa autossuficiência, os participantes do Mercosul pediram a elevação para 30% da TEC (Tarifa Externa Comum) nas importações de arroz vindos de outras regiões. A atual é de 12%. "Não necessitamos de importações, principalmente porque é um comércio predatório", disse Francisco Lineu Schardong, presidente da Comissão de Arroz da Farsul.

AO GOVERNO
O documento produzido pelos orizicultores, chamado de "Carta de Rivera", será enviado ao Ministério da Agricultura, da Fazenda e do Desenvolvimento do Brasil. Os demais membros dos outros países enviarão para seus ministérios correspondentes, diz Schardong.

PRODUTIVIDADE
As boas condições climáticas da região oeste da Bahia elevaram a produção de soja para 51 sacas por hectare, volume bem acima das 42,5 sacas obtidas no ano passado, quando o setor foi afetado por excesso de chuvas. Com isso, a região obteve 3,2 milhões de toneladas de soja nesta safra, 28% a mais do que na anterior.

TAMBÉM NO MILHO
Os produtores do oeste baiano conseguiram, ainda, produtividade recorde no milho, que atingiu 145 sacas por hectare. Apesar da redução de 6% na área plantada, a produção deste ano somou 1,5 milhão de toneladas, 1,4% a mais do que na safra anterior. Já a produção de algodão foi de 270 arrobas por hectare, com alta de 22% em relação ao volume anterior.

EMBALO
Com um cenário favorável no campo, os produtores da região realizam a terceira edição da Bahia Farm Show no início de junho. Após um período difícil, que veio com a crise mundial de 2008, a nova feira ocorre em "um ambiente bom", diz Walter Horita, produtor de algodão e presidente da feira, que será realizada em Luís Eduardo Magalhães (BA).

ESPECULAÇÃO
A gangorra do açúcar continua, e o produto teve forte alta ontem no mercado de Nova York. A alta foi de 6,6% no primeiro contrato da Bolsa. Após forte queda, especuladores e consumidores voltaram às compras, empurrando para cima os preços.


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