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Juros disparam para deter fuga de capitais
das agências internacionais
O banco central da Rússia aumentou ontem de 30% para 50%
os juros de sua taxa de refinanciamento para fazer frente às especulações de uma possível desvalorização do rublo, a moeda local.
A medida foi adotada em uma
reunião de urgência do conselho
de direção do BC russo, convocada às pressas depois de uma expressiva queda de 12% registrada
ontem na Bolsa de Valores.
Nos últimos dias, o rublo também vinha registrando seguidas
perdas em relação ao dólar norte-americano.
O objetivo da elevação dos juros
é atrair de volta ao país capital estrangeiro que estava sendo retirado pelos investidores, receosos de
que a Rússia seja o próximo mercado emergente a ser atingido pela
crise.
Em março, o BC russo reduzira
as taxas de juros, então em 36%,
para 30%. Era a terceira vez este
ano que o governo russo alterava
sua política de juros.
Na primeira vez, no dia 2 de fevereiro, havia aumentado a principal taxa de 28% para 42% anuais.
Depois, iniciara uma gradual redução dos juros, interrompida na
última sexta-feira, quando anunciou a elevação de algumas de suas
taxas.
Durante o dia, porta-vozes do
governo tentaram assegurar os
mercados de que não haveria mudança nos juros.
Para acalmar o mercado, autoridades deram declarações afirmando que o rublo estava sob controle.
O mercado financeiro russo encerrou a última semana acumulando perdas de mais de 17%.
"Penso que as flutuações de hoje
no mercado financeiro são reações
de curto prazo e que seremos capazes de superá-las", declarou o
ministro russo das Finanças, Mikhail Zadornov.
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