São Paulo, sábado, 19 de junho de 2004 |
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O VAIVÉM DAS COMMODITIES Não dura A interrupção de compras de carnes brasileiras pela Rússia, devido à descoberta do foco de febre aftosa no Pará, tem vida curta na avaliação de José Vicente Ferraz, da FNP Consultoria & Agroinformativos. Essa interrupção se deve a informações truncadas. Rússia aceita Ferraz diz que a própria Rússia aceita o critério de regionalização -a aceitação de carnes de regiões livres de febre aftosa, um critério adotado pela própria OIE (Organização Internacional das Epizootias). Quando a Rússia tiver as informações corretas de onde ocorreu o foco, deverá cancelar a suspensão, acredita ele. Mais perto Para Ferraz, não tem sentido interromper as importações de carne devido a um foco de febre aftosa em uma região tão distante das áreas livres. Às vezes ocorrem focos nas fronteiras de países vizinhos e não há suspensão, afirma. Boas notícias Os EUA e Canadá começam a defender os critérios de análise de risco e de regionalização, diz o secretário paulista da Ciência, Tecnologia, Desenvolvimento Econômico e Turismo, João Carlos Meirelles, que participou, nesta semana, do Congresso Mundial da Carne, realizado no Canadá. Necessidade Canadá e EUA têm interesse em defender a regionalização -o que deve favorecer as exportações de carne brasileira "in natura" para esses mercados- porque viram-se isolados do mundo nos últimos meses devido à ocorrência de casos da doença da vaca louca. Apesar de os casos terem ocorrido em regiões específicas, toda a carne dos dois países foi rejeitada pelos importadores. Falta de suínos A falta de suíno vivo para atender o mercado consumidor paulista continua elevando o preço da carne nos principais frigoríficos. A arroba do animal chegou a ser negociada ontem a R$ 52. É o quinto aumento só neste mês, acumulando alta de 11,60% no período. Fica estável Os gaúchos devem plantar 1,04 milhão de hectares de trigo nesta safra, segundo dados do segundo levantamento de intenção de plantio feito pela Emater/RS. Esse número fica próximo ao do primeiro levantamento, mas mostra queda de 2,41% em relação à área de 1,06 milhão da safra anterior. Preços se mantêm Os preços da carne de frango estão elevados no mercado interno devido ao maior consumo, reflexo do feriado e do recebimento de salários. A alta do frango vivo na maioria das praças também contribuiu para a valorização do abatido no período, segundo análise do Cepea. Apoio ao café O plano de safra 2004/5 do governo prevê R$ 1,7 bilhão para o café entre prorrogação das dívidas com o Funcafé, financiamentos de colheita e de estocagem, operações de Linha Especial de Comercialização, Empréstimos do Governo Federal e Cédulas de Produto Rural, segundo informam os analistas do Escritório Carvalhaes, de Santos. Soja volta a subir A soja voltou a subir e fechou ontem a 872 centavos de dólar por bushel na Bolsa de Chicago. Após várias quedas, os preços voltaram ao patamar praticado há um mês na Bolsa. E-mail: mzafalon@folhasp.com.br Texto Anterior: Lição de casa: FMI aprova a 7ª revisão de acordo com o país Próximo Texto: Saia justa: Petrobras volta a contestar governadora do Rio Índice |
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