São Paulo, terça-feira, 19 de junho de 2007

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Analistas prevêem juros abaixo de 10% no fim do ano que vem

DA FOLHA ONLINE, EM BRASÍLIA

Os analistas do mercado financeiro esperam que o processo de redução das taxas de juros promovido pelo Banco Central tenha continuidade no ano que vem e prevêem, pela primeira vez, que a Selic caia para a casa de um dígito.
A expectativa é que ela termine 2008 em 9,75% ao ano, contra 10% da previsão anterior, segundo o boletim Focus, divulgado semanalmente pela autoridade monetária. Até o final deste ano, a expectativa é que a Selic seja reduzida até 10,75%. Hoje, a taxa está em 12% ao ano.
Na semana passada, o Copom (Comitê de Política Monetária) utilizou a queda do dólar e o aumento das importações para justificar a aceleração na redução dos juros. Na análise da maioria dos membros do comitê, os bens importados contribuem para manter a inflação sob controle, mesmo que a economia esteja crescendo. O processo de redução dos juros teve início em setembro de 2005.
Os analistas acreditam que a inflação continuará sob controle tanto neste ano como em 2008. A previsão do mercado financeiro para o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) na última semana foi mantida em 3,59% no ano e, para 2008, em 4%.
Em relação ao dólar, a expectativa do mercado é que a moeda feche o ano cotada a R$ 1,93.
O PIB (Produto Interno Bruto) deve registrar crescimento de 4,25% neste ano, contra a previsão anterior de expansão de 4,20%. No primeiro trimestre de 2007, a economia brasileira cresceu 4,3% em relação ao primeiro trimestre do ano passado, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
A expectativa do mercado para o resultado da balança comercial deste ano é de um superávit de US$ 42 bilhões, segundo a pesquisa, mesmo resultado previsto no boletim divulgado na semana passada.

Balança comercial
Segundo o Ministério do Desenvolvimento, a balança comercial teve superávit de US$ 656 milhões na terceira semana deste mês (11 a 17), diferença entre exportações de US$ 3,010 bilhões e importações de US$ 2,354 bilhões.
O saldo é 12,1% inferior ao resultado da semana anterior, que somou US$ 746 milhões. Na comparação com o mesmo período de 2006, porém, o saldo é 0,3% maior. Em junho, a balança acumula superávit de US$ 1,725 bilhão e, neste ano, de US$ 18,579 bilhões, volume 6,7% superior ao de igual período de 2006.


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