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Analistas prevêem juros abaixo de 10% no fim do ano que vem
DA FOLHA ONLINE, EM BRASÍLIA
Os analistas do mercado financeiro esperam que o processo de redução das taxas de
juros promovido pelo Banco
Central tenha continuidade no
ano que vem e prevêem, pela
primeira vez, que a Selic caia
para a casa de um dígito.
A expectativa é que ela termine 2008 em 9,75% ao ano, contra 10% da previsão anterior,
segundo o boletim Focus, divulgado semanalmente pela
autoridade monetária. Até o final deste ano, a expectativa é
que a Selic seja reduzida até
10,75%. Hoje, a taxa está em
12% ao ano.
Na semana passada, o Copom (Comitê de Política Monetária) utilizou a queda do dólar
e o aumento das importações
para justificar a aceleração na
redução dos juros. Na análise
da maioria dos membros do comitê, os bens importados contribuem para manter a inflação
sob controle, mesmo que a economia esteja crescendo. O processo de redução dos juros teve
início em setembro de 2005.
Os analistas acreditam que a
inflação continuará sob controle tanto neste ano como em
2008. A previsão do mercado financeiro para o IPCA (Índice
de Preços ao Consumidor Amplo) na última semana foi mantida em 3,59% no ano e, para
2008, em 4%.
Em relação ao dólar, a expectativa do mercado é que a moeda feche o ano cotada a R$ 1,93.
O PIB (Produto Interno Bruto) deve registrar crescimento
de 4,25% neste ano, contra a
previsão anterior de expansão
de 4,20%. No primeiro trimestre de 2007, a economia brasileira cresceu 4,3% em relação
ao primeiro trimestre do ano
passado, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística).
A expectativa do mercado
para o resultado da balança comercial deste ano é de um superávit de US$ 42 bilhões, segundo a pesquisa, mesmo resultado previsto no boletim divulgado na semana passada.
Balança comercial
Segundo o Ministério do Desenvolvimento, a balança comercial teve superávit de US$
656 milhões na terceira semana deste mês (11 a 17), diferença
entre exportações de US$ 3,010
bilhões e importações de US$
2,354 bilhões.
O saldo é 12,1% inferior ao resultado da semana anterior,
que somou US$ 746 milhões.
Na comparação com o mesmo
período de 2006, porém, o saldo é 0,3% maior. Em junho, a
balança acumula superávit de
US$ 1,725 bilhão e, neste ano,
de US$ 18,579 bilhões, volume
6,7% superior ao de igual período de 2006.
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