|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
REGULAMENTAÇÃO 1
Congressista ataca plano que eleva poderes do BC americano
FERNANDO CANZIAN
DE NOVA YORK
No primeiro dia de discussões no Congresso dos EUA,
o novo plano de regulamentação do mercado financeiro
do presidente Barack Obama
recebeu questionamentos
incisivos de parlamentares.
O principal, sobre o aumento
dos poderes do Fed (o banco
central dos EUA).
"O Fed não tem a designação necessária de supervisionar a possibilidade de riscos
sistêmicos", afirmou o senador Richard Shelby, principal representante do Partido
Republicano, de oposição a
Obama, no Comitê de Bancos do Senado.
Obama lançou na quarta-feira o mais ambicioso plano
de regulamentação financeira no país desde 1930.
O programa atinge bancos,
seguradoras, empresas do
setor de crédito e gigantes
das áreas industrial e comercial. Qualquer empresa que
tiver atividades financeiras,
mesmo que para financiar o
consumo, poderá ficar sob o
guarda-chuva do programa.
As reformas, que terão de
ser aprovadas pelo Congresso, incluem três pontos principais: maior poder de intervenção do governo no mercado, com autoridade para o
Fed assumir empresas consideradas "grandes demais para cair"; mais transparência e
aumento das necessidades
de capital nos bancos para
que resistam a novas crises; e
mais proteção aos consumidores de produtos financeiros (como empréstimos ao
consumo e imobiliários).
As mudanças propostas
pela administração Obama
precisarão do apoio da maioria dos senadores e da Câmara de Representantes.
O secretário do Tesouro,
Timothy Geithner, exortou o
Congresso a aprovar o plano
o quanto antes.
Ambicioso e apresentado
como alternativa para evitar
a repetição dos eventos que
levaram à chamada Grande
Recessão, o novo plano de regulamentação do governo
Obama será alvo de intenso
bombardeio de lobistas na
sua tramitação, que deve levar meses no Congresso.
Texto Anterior: Emergente põe EUA e Europa na berlinda Próximo Texto: Regulamentação 2: Autoridades suíças querem poder para desmembrar bancos Índice
|