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análise
Alto gasto é obstáculo, diz mercado
DA REPORTAGEM LOCAL
Uma nova agência criada
para retirar de circulação os
problemáticos títulos lastreados em hipotecas precisaria ser altamente capitalizada. É nesse ponto que residem críticas preliminares à idéia para regular o mercado.
Estima-se que o governo
americano já tenha gasto entre US$ 900 bilhões e US$ 1,5
trilhão com a sua intervenção para salvar instituições
financeiras em dificuldades.
Os defensores da criação
desse órgão argumentam
que, se bem gerida, a agência
pode até chegar a dar lucro
para o contribuinte americano. Entre os defensores da
idéia, está Nicholas Brady,
ex-secretário do Tesouro dos
EUA, que criou o plano para
renegociar a dívida externa
dos países pobres no início
da década de 90. Para ele,
maior prejuízo seria não agir.
"Sem o peso dos títulos
ruins no seu balanço, seria
mais fácil para os bancos caminharem e se recuperarem
ao longo do tempo. Como
ainda não há informações
mais precisas sobre o modelo
a ser adotado, é difícil aprofundar o debate", diz Sanford
Bragg, analista da consultoria Integrity Research.
A proposta baseia-se em
iniciativas governamentais
anteriores. Entre elas, a Resolution Trust Corporation,
criada em 1989 como parte
dos esforços para resolver a
crise das chamadas "savings
& loan associations" -instituições que captavam recursos de poupança e os emprestavam para a compra da
casa própria-, detonada três
anos antes.
Com o auxílio de administradores privados, a agência
liquidou em dez anos cerca
de US$ 400 bilhões em ativos
de 747 "savings & loan" falidas. Para isso, gastou US$
150 bilhões.
(DENYSE GODOY)
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