São Paulo, sexta-feira, 19 de setembro de 2008

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Exportador lista sugestões para estimular vendas

FÁTIMA FERNANDES
DA REPORTAGEM LOCAL

A possibilidade de o país vir a registrar déficit comercial em 2009 em decorrência da crise financeira nos Estados Unidos, com reflexos no mundo, fez a Abracex (Associação Brasileira de Comércio Exterior) preparar uma lista de sugestões para o governo com o objetivo de estimular as exportações.
No documento que será enviado até a próxima segunda-feira aos ministérios da Fazenda e do Desenvolvimento, a Abracex vai pedir o fim das alíquotas para importação de equipamentos de última geração e a redução da carga tributária incidente sobre a produção e a mão-de-obra.
"O governo precisa preparar para já um pacote de medidas para incentivar as exportações, inclusive de produtos com maior valor agregado. O país não pode correr o risco de voltar a ter déficit comercial e perder reservas", afirma Roberto Segatto, presidente da Abracex.
O Brasil acumula superávit na sua balança comercial desde 2001. Em 2007, esse número foi de US$ 40 bilhões. A previsão da AEB (Associação de Comércio Exterior do Brasil) é que esse número fique em US$ 23 bilhões neste ano. No ano que vem, a previsão é de déficit.
"Se o Brasil vai ter déficit ou saldo comercial em 2009 vai depender de medidas agressivas que o governo venha a tomar já. Há tempo para corrigir um eventual cenário ruim", diz Segatto. "Não é possível o país exportar produtos semi-elaborados, como ferro, e importar produtos acabados de ferro. É preciso rever a política industrial no sentido de agregar valor aos produtos brasileiros."


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