São Paulo, sexta-feira, 19 de setembro de 2008

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Força Sindical defende acordo entre teles

DA SUCURSAL DO RIO

O presidente da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva, e o presidente em exercício da Fenattel (Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Telecomunicações e Operadores de Mesas Telefônicas), Almir Munhoz, defenderam a compra da Brasil Telecom pela Oi/Telemar, qualificando-a de "importante e inevitável".
A posição -manifestada em nota conjunta assinada pelas duas entidades- foi uma resposta à Fittel (Federação Interestadual dos Trabalhadores em Telecomunicações), filiada à CUT, que estimulou seus sindicatos a questionarem a negociação na Justiça.
Segundo a Folha noticiou, anteontem, o Sinttel (Sindicato de Trabalhadores em Telecomunicações) do Rio Grande do Sul e o sindicato da Paraíba já entraram com representação junto ao Ministério Público Federal.
Foi instaurado um inquérito civil público em Porto Alegre (RS) para examinar o impacto da união das duas empresas sobre a competição no mercado, sobre a qualidade dos serviços e sobre os preços das tarifas.
A Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Telecomunicações e Operadores de Mesas Telefônicas defende a negociação entre as teles, mas quer a garantia da Oi de que os atuais empregados serão mantidos.
A operadora diz que garante manter o número atual de empregados, por um período de três anos, mas sem compromisso de estabilidade dos atuais funcionários. Ou seja, poderá haver demissões de empregados com a contratação de outros em igual número.
Almir Munhoz, que também preside o Sinttel do Estado de São Paulo, afirmou que a Fenattel representa empregados da Brasil Telecom no Paraná, em Santa Catarina, no Mato Grosso e no Acre e, por isso, sente-se com representatividade para buscar uma negociação com a empresa Oi.
Além da manutenção dos empregados, a Fenattel quer assegurar a complementação de aposentadoria dos aposentados do Paraná e o respeito aos acordos coletivos em vigor.
Munhoz disse à Folha que considera ""estratégico para o país" a existência de uma grande empresa de telecomunicações de capital nacional. Disse que, antes da privatização da Telebrás, em 1998, defendeu que ela fosse mantida como empresa estatal e que competisse no mercado com empresas privadas. (ELVIRA LOBATO)


Texto Anterior: Anatel pode adiar decisão sobre BrT-Oi
Próximo Texto: Claro retoma vice-liderança do mercado
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.