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Investimento em mídia volta com
força após 2 anos em banho-maria
DA REPORTAGEM LOCAL
Após quase dois anos de investimentos em mídia em banho-maria, o mercado de telefonia celular aguarda mudanças rápidas
com a nova investida da TIM e
uma possível reação da Telesp Celular na caça ao consumidor. Já há
expectativa de entrada de campanhas com guerras de preços entre
as empresas no próximo mês.
Ontem, a TIM espalhou por algumas capitais do país centenas
de "Ronaldos" -sósias do jogador da seleção brasileira- para
chamar a atenção da população
para a nova marca. Com camisa
verde-e-amarela e cabelo com topete, eles circularam pelas ruas e
pelas lojas, onde começou a ser
vendido ontem o celular da empresa -que custará de R$ 289 a
R$ 3.489.
A Telesp Celular, que explora os
mercados de São Paulo, Paraná e
Santa Catarina, e a BCP, que explora apenas o mercado de São
Paulo, deram alguns sinais de reação. A Telesp apresentou três diferentes ações de marketing em
três meses. Colocou Luana Piovani, atriz e modelo, numa banheira
com um celular na mão. Contratou Paulo Vilhena, ex-namorado
de Sandy, para falar, numa linguagem adolescente, da praticidade do aparelho.
No mesmo campo de atuação,
TIM e Telesp têm estratégias de
marketing um pouco diferentes.
A primeira precisa reforçar sua
campanha institucional do nome
TIM -desconhecido da população ainda. A Telesp, com 67% de
participação de mercado e 5,5 milhões de usuários, deve centrar o
foco nas campanhas de produtos
e preços, segundo publicitários
que acompanham o mercado.
"Temos nosso caminho e não
vamos nos pautar por aquilo que
os outros fazem. Nossa campanha
é institucional sem deixar de ressaltar nossos produtos", diz Michelangelo Tusi, diretor de marketing da TIM.
Não há a pretensão de entrar
numa guerra de preços logo, afirma o executivo. Algo que a Telesp
já pensa, segundo a Folha apurou.
Agressivo nas promoções, o grupo já traça uma linha de trabalho
centrada mais na exposição maciça da marca com promoções de
preços.
De qualquer forma, a movimentação será positiva para o
mercado.
No ano passado, os investimentos em mídia despencaram. A Telesp Celular investiu 25% a menos
do que em 2000, segundo o ranking anual da revista "Meio e
Mensagem". A Tele Sudeste registrou queda de 11% no período e a
Tess registrou 7% de retração nos
investimentos em mídia.
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