São Paulo, quinta-feira, 19 de outubro de 2006

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Petrobras critica regra de leilão da ANP

DA SUCURSAL DO RIO

O diretor de Exploração e Produção da Petrobras, Guilherme Estrella, disse ontem estar "indignado" com a decisão da ANP (Agência Nacional do Petróleo) de limitar o número de blocos de exploração de óleo e gás a serem arrematados pelas empresas na 8ª Rodada de Licitações da agência.
"Eu, como diretor de exploração e produção, tenho de demostrar a minha estranheza e a minha indignação. Isso não tem cabimento sob o ponto de vista dos interesses nacionais e da indústria petrolífera. É a competição por blocos que vai render mais recursos ao governo [as empresas pagam bônus para levaram as áreas]."
Anteontem, a ANP anunciou os blocos a serem ofertados na 8ª rodada e as regras do leilão, que acontecerá em novembro. Sob a justificativa de dar mais competitividade à oferta e permitir o acesso de mais companhias, a ANP determinou um número máximo de blocos que uma mesma companhia poderá arrematar. O teto varia de dois a seis blocos em uma mesma área de uma bacia.
Procurada, a ANP informou que não iria se manifestar sobre o assunto.
Para Estrella, a nova regra limita a atuação das empresas e afeta o "futuro" das companhias. "[A limitação de áreas a serem arrematas] é um contra-senso na indústria petrolífera mundial."


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