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Campo operado por Petrobras na Bolívia tem reserva 40% menor, diz auditoria
DA REDAÇÃO
O campo de San Alberto, explorado pela Petrobras, tem reservas de gás natural 40% menores do que se acreditava, segundo uma auditoria feita a pedido do governo boliviano. O
estudo mostra que o campo,
onde o presidente Evo Morales
anunciou a nacionalização do
gás em 1º de maio, tem 6,93 trilhões de pés cúbicos -a previsão anterior era de 11,7 trilhões
de pés cúbicos.
Ainda de acordo com a auditoria, houve uma redução de
58% na previsão de reservas do
campo de Itaú, operado pela
francesa Total, mas que não está em funcionamento. O Ministério dos Hidrocarbonetos atribuiu a diminuição nas reservas
a "causas naturais"
Os números anunciados nesta semana são similares ao do
estudo da americana De Golyer
& MacNaughton, que apontou
em maio a existência de 7,1 trilhões de pés cúbicos de gás em
San Alberto. Na época, as autoridades bolivianas disseram
que os dados eram "falsos" e
"superestimados". O contrato
com a firma foi rescindido e o
então presidente da estatal petrolífera YPFB, Jorge Alvarado,
afirmou que tomou a medida
porque a empresa reduziu em 8
trilhões de pés cúbicos as reservas de gás conhecidas.
Técnicos do ministério boliviano também disseram que a
Petrobras está explorando o
campo de Itaú. Eles não chegaram a afirmar que existia algum
acordo entre a brasileira e a Total, porém disseram que elas
deveriam conhecer a situação.
O campo de Itaú fica ao lado do
de San Alberto, e a nova auditoria mostrou que eles estariam
ligados, o que era desconhecido. O governo disse que deseja
que eles sejam "unificados" e
explorados conjuntamente.
Procurada pela Folha, a Petrobras não se manifestou.
A realização de auditorias
nos 56 campos do país faz parte
do decreto de nacionalização
de maio. Desde 2003, todos os
estudos realizados apontam
uma queda nas reservas de gás
natural da Bolívia.
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