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Grandes empresas devem ser alvo freqüente da Receita Federal
FERNANDO NAKAGAWA
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Grandes empresas serão alvos cada vez mais freqüentes
das investigações da Receita
Federal. O aviso foi dado pelo
órgão dois dias após ser deflagrada a Operação Persona, que
descobriu esquema ilegal de
importação que envolvia a líder
mundial no setor de tecnologia
da informação, a Cisco System.
A preferência pelas grandes
empresas decorre de um procedimento que dá prioridade às
investigações que envolvem os
maiores prejuízos para o governo. Assim, se os fiscais do órgão
encontram dois esquemas, um
que sonega R$ 10 milhões e outro que deixa de pagar R$ 100
milhões, concentram os esforços no segundo. "E prejuízos
maiores geralmente são fruto
de esquemas grandes, que têm
empresas de porte por trás", diz
Clecy Lionço, secretária-adjunta da Receita responsável
pela área de aduanas no fisco.
O secretário-adjunto Carlos
Alberto Barreto rejeitou a avaliação do diretor-gerente da
Câmara de Comércio dos EUA,
Mark Smith, que disse a "O Estado de S.Paulo" que o subfaturamento -procedimento usado pela Cisco para pagar menos
impostos- é "comum no Brasil". "O subfaturamento é, infelizmente, comum no mundo
todo, inclusive nos EUA", disse.
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