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Última reunião com Lessa libera R$ 841 mi
DA SUCURSAL DO RIO
Na última reunião de diretoria
presidida por Carlos Lessa, na
quarta, o BNDES aprovou financiamentos de R$ 841,9 milhões,
que permitem a abertura de 1.260
empregos, segundo o banco.
O empréstimo de maior valor é
para a Companhia Brasileira de
Alumínio, empresa do grupo Votorantim, que receberá R$ 234 milhões para ampliar a capacidade
de produção de alumínio primário de 340 mil t/ano para 400 mil
t/ano, abrindo 170 novas vagas diretas na siderúrgica.
A Gerdau Açominas teve aprovado financiamento de R$ 207
milhões, dos quais R$ 90 milhões
para aquisição de máquinas e
equipamentos. A operação permitirá que sejam criados mais 420
empregos diretos, sempre de
acordo com o BNDES.
A siderúrgica Barra Mansa S/A
receberá R$ 102,5 milhões para financiar a expansão deu capacidade produtiva. A Companhia
Energética do Rio Grande do
Norte receberá R$ 120 milhões do
Programa de Apoio à Capitalização de Empresas Distribuidoras
de Energia Elétrica.
Futuro do banco
Tanto os que defendem a administração de Carlos Lessa no
BNDES como aqueles que são críticos têm dúvidas em relação ao
futuro do banco. O perfil do substituto Guido Mantega indica, dizem economistas, que ele é mais
afinado com a equipe econômica,
o que sugere mudanças.
Mas falta uma resposta: será que
a ala desenvolvimentista do governo aceitaria perder seu último
grande foco de resistência?
O economista Fernando Cardim - do Instituto de Economia
da UFRJ, do qual Lessa é decano- diz que "tudo indica que sua
saída é um enfraquecimento do
que se poderia chamar, com algum exagero, de ala desenvolvimentista do governo, pelo seu reduzido número de membros". Já
o diretor do instituto, João Sabóia,
foi mais enfático: "Acho que é
uma derrota para a ala desenvolvimentista. Ele acabou virando
um símbolo no governo conservador que o PT está fazendo".
Sobre mudanças, um ex-dirigente do BNDES, que preferiu
não se identificar, diz que o que as
determinará será uma troca de diretoria, já que a atual "jogou fora"
todas as experiências anteriores.
Citou os programas de promoção do mercado de capitais, vistos
na era FHC como forma de alavancar investimentos financiados
pela iniciativa privada. Lembrou
que a atual administração do banco introduziu um velho mecanismo, já não mais usado no mundo,
o de orientar onde e como as empresas devem investir. Não está
claro ainda para o ex-dirigente se
essa diretriz -a de guiar o desenvolvimento- é uma política de
governo. Se for, nada muda.
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