São Paulo, sábado, 19 de dezembro de 2009

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Avanço global de brasileiras deve crescer

Embora o mercado doméstico seja atraente, empresas aproveitarão boas condições para ganhar mercado no exterior

Vantagens de atuar em outros países são diminuir o risco e aprender a operar no mundo globalizado, afirmam especialistas

Rich Press - 25.ago.07/Bloomberg News
Aço em bobina em unidade da CSN no Rio; oferta por portuguesa é exemplo da busca de internacionalização pelas empresas brasileiras

DA REPORTAGEM LOCAL

Apesar das expectativas bastante otimistas em relação ao desempenho da economia brasileira por causa da robustez do consumo doméstico, as empresas locais devem acelerar o seu processo de internacionalização no ano que vem. E têm bons motivos para fazê-lo, segundo especialistas.
O principal objetivo desse tipo de manobra sempre é diminuir os riscos do empreendimento. Quando concentra sua atividade em um mercado apenas, a companhia vê as suas receitas despencarem no caso de perturbações nesse lugar.
"Outra vantagem importante é que o empresário passa a compreender melhor a globalização. Mesmo que decida atuar só internamente, não tem como fugir da concorrência com as múltis que vêm para o Brasil com uma outra visão. Trata-se de uma perspectiva que é essencial adquirir", destaca Jordan Nassif, professor da Fundação Dom Cabral.

Novo impulso
A expansão de operações para além das fronteiras do país não é exatamente uma ideia nova. Por exemplo, no final da década de 1970, ao perceber que o setor público pretendia frear seus gastos com obras, a construtora Odebrecht decidiu buscar negócios no exterior para manter o seu padrão de lucratividade.
Porém, as condições para esse desbravamento estão agora mais favoráveis do que nunca, na avaliação de estudiosos.
O fato de o Brasil ter saído da crise rapidamente fortaleceu muito as suas empresas e melhorou a sua imagem aos olhos dos estrangeiros. Dessa forma, melhoraram as condições de financiamento para que as companhias nacionais possam fazer aquisições.
A valorização do real ante o dólar também ajuda, pois significa que a compra de ativos em outros países ficou mais barata. Como algumas economias, especialmente as mais desenvolvidas, ainda não se recuperaram, as suas companhias, fragilizadas, podem se apresentar como boa oportunidade de aquisição.
O governo federal tem dado apoio a esse movimento, estimulando as brasileiras a se instalarem em outras partes. A África é destaque nessa estratégia. (DG)


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