DA REPORTAGEM LOCAL

O Brasil é o segundo principal mercado da Cimpor no mundo, depois de Portugal, sede da companhia. De acordo com análise do banco Credit Suisse, 19% da capacidade total de produção de cimento do grupo está em território brasileiro, com volume de 6,4 milhões de toneladas por ano.
A operação no Brasil começou com a aquisição das fábricas de Campo Formoso e Brumado (BA), Cajati (SP), Candiota e Nova Santa Rita (RS), Cezarina (GO), São Miguel dos Campos (AL) e João Pessoa (PB). A Cimpor detém participação de 9% no mercado nacional e ocupa a terceira posição entre os produtores brasileiros, ranking liderado pela Votorantim e seguido pela J. Santos.
Já a CSN é estreante nesse mercado. Inaugurou em maio deste ano a sua primeira unidade de produção. Neste ano, a expectativa da empresa é produzir cerca de 300 mil toneladas, volume que tende a crescer. A produção é negociada, basicamente, na região sul do Rio de Janeiro, perto de Volta Redonda, onde está a fábrica.
A produção deverá alcançar 2,5 milhões de toneladas com a inauguração da unidade de produção de clínquer (matéria-prima para o chamado cimento Portland), em Arcos (MG).
Segundo a Folha apurou, a CSN decidiu fazer a oferta pela Cimpor por considerar que o preço da empresa está atraente. Uma disputa familiar dentro do grupo português também facilitaria a operação.
Segundo o Credit Suisse, a combinação das duas empresas permitirá a formação de um grupo com capacidade para produção de 36 milhões de toneladas de cimento por ano. Para ter uma ideia do tamanho dessa companhia, basta dizer que isso representará cerca de 67% de todo o cimento que o Brasil vai consumir em 2009.
Segundo projeções da Galanto Consultoria, o país vai consumir neste ano 53,5 milhões de toneladas de cimento, volume 3% superior ao consumo de 2008. A estimativa era maior, mas foi frustrada em decorrência de uma estagnação da massa salarial no país. O volume de cimento que deixará de ser consumido supera as 700 mil toneladas. (AB)


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