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PREÇOS
Queda de alimentos pressiona taxa negativa e surpreende de novo economista da Fipe; previsão para o ano é de -2%
Deflação para paulistanos sobe para 0,47%
MAURO ZAFALON
da Redação
Os preços médios praticados em
São Paulo na segunda quadrissemana de dezembro recuaram
0,47%, conforme pesquisa da Fipe
(Fundação Instituto de Pesquisas
Econômicas).
Essa taxa de deflação (queda dos
preços) ficou acima do 0,44% da
quadrissemana anterior e superou
mais uma vez as previsões de Heron do Carmo, coordenador do Índice de Preços ao Consumidor da
Fipe.
O economista esperava uma taxa
de deflação próxima a 0,30% para
esse período e de 0,10% em todo o
mês de dezembro. Agora, acredita
que a deflação deste mês deve ficar
em 0,20%.
A taxa de deflação se acentuou
porque os alimentos caíram ainda
mais. Nos últimos 30 dias terminados em 15 deste mês -período
considerado como a segunda quadrissemana de dezembro-, os
preços dos alimentos caíram
0,93%. Na quadrissemana anterior
a queda tinha sido de 0,63%.
As maiores quedas ficaram para
os produtos "in natura", que estão
custando 2,27% a menos para os
paulistanos. A seguir vieram os alimentos industrializados, que caíram 0,91%, e os semi-elaborados,
0,64%.
O economista da Fipe diz, no entanto, que essa tendência de queda
dos alimentos pode mudar neste
final de mês. Tradicionalmente os
produtos "in natura" começam a
sofrer reajustes nas duas últimas
semanas de dezembro. Aumento
de demanda e o clima, às vezes desfavorável para o cultivo dos hortifrútis, são os fatores de alta.
Apesar desses possíveis aumentos neste final de ano, Heron do
Carmo mantém a previsão de deflação de 2% para 1998.
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