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OUTRO LADO
Aneel diz que parecer jurídico sustenta contrato
DA REDAÇÃO
O diretor da Aneel Paulo
Pedrosa diz que a agência levou em consideração parecer jurídico para homologar
as mudanças no contrato
entre a EPE Cuiabá e Furnas,
mas não sabe quem deu o
perecer. "Seria preciso fazer
um levantamento para ver
isso", diz. Na sua avaliação, o
contrato da termelétrica é
como um "fóssil" do setor de
energia brasileiro porque
trata o risco de operação pelas regras antigas.
Em 1997 não existiam
MAE ou ONS (Operador
Nacional do Sistema), diz o
diretor. Para se adequar à
nova realidade do mercado
brasileiro, a EPE poderia rever os preços ou transferir o
risco. Optou pela segunda
alternativa, mas Furnas não
poderia ser prejudicada, diz
Pedrosa. "É claro que o consumidor foi punido. Mas
existe um processo que é
perverso. Perverso é uma
palavra forte, mas, infelizmente, a lógica do direito jurídico é essa", declara.
O diretor da Aneel informa que a agência não levou
em consideração as denúncias sobre o caso Enron, porque isso seria fazer um juízo
de valor sobre a empresa.
"Para o regulador, questões
como essa são indiferentes.
O que interessa é a base legal
para as análises", diz. O termo de ajuste que mudou o
contrato foi homologado pela Aneel em fevereiro, três
meses após o pedido de concordata da Enron. O despacho que permite a revisão da
tarifa, assinado em outubro.
A EPE Cuiabá, a Enron e
Furnas informaram por
meio de suas assessorias de
imprensa que não falam sobre seus contratos.
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