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Térmica foi construída pela AES
DA REDAÇÃO
A história da usina térmica AES
Uruguaiana, no Rio Grande do
Sul, tem similaridades com a da
EPE Cuiabá. Foi construída ao
longo do mesmo período, por um
grande grupo internacional, a
AES.
A usina também utiliza o gás
natural. Foi instalada perto de
uma fronteira, no caso, a Argentina, para fortalecer a expansão do
gasoduto até as jazidas do parceiro do Mercosul.
No entanto, está sujeita a outras
regras. Abastece distribuidoras
privadas, além da pública. Opera
no MAE. E não pode passar para a
frente custos extras que ameacem
seu equilíbrio financeiro. O preço
e a cota acertados são mantidos
sem ônus extras para os clientes.
"Operamos dentro dos padrões
do mercado. Todos os agentes
têm que se registrar no MAE.
Uma empresa só está livre disso
quando outra assume o risco dela.
Isso pode acontecer no caso de
uma "trading" (comercializadora).
Mas não há como repassar para a
tarifa. Ainda que a distribuidora
aceitasse, a Aneel teria que aprovar, e isso é complicado", informa
o engenheiro Roberto Secco, gerente técnico da Termelétrica de
Uruguaiana.
"Desconheço que alguma empresa possa fazer isso no Brasil",
diz Secco, sem ter conhecimento
do contrato entre EPE e Furnas.
A AES ganhou a licitação do
empreendimento em 1997 e aplicou US$ 310 milhões em recursos
próprios para erguê-lo. A inauguração ocorreu em dezembro de
2000. Um gasoduto de 400 quilômetros liga as jazidas argentinas à
térmica, que tem capacidade para
gerar 600 MW.
A energia é repassada às distribuidoras RGE (Rio Grande Energia), CEEE (Companhia Estadual
de Energia Elétrica) e AES-Sul,
distribuidora do mesmo grupo.
(AS)
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