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COMÉRCIO
Artigo brasileiro é preferido
Lojas de R$ 1,99 trocam "chinês" por nacional
CÍNTIA CARDOSO
DA REPORTAGEM LOCAL
A indústria nacional já é responsável por 70% da produção de
artigos para as lojas de varejo de
preço único, conhecidas como lojas de R$ 1,99. As lojas, que tinham como característica a venda de produtos importados, notadamente da China, mudaram de
estratégia.
Após uma fase de incertezas,
decorrente da desvalorização
cambial ocorrida em 1999, as indústrias nacionais decidiram
preencher o vazio provocado pela
retração das importações.
Segundo especialistas do setor,
a utilização de artigos produzidos
no Brasil foi responsável pela expansão do consumo dos artigos
de R$ 1,99 entre a classe média.
Os produtos nacionais estão
melhor adaptados ao gosto do
consumidor brasileiro e apresentam qualidade superior à dos similares importados.
O hábito de distribuir "lembrancinhas", comum no Natal, se
disseminou em outros períodos
do ano. Ao encontrar variedade
de mercadorias, que vão de utensílios domésticos a CDs, mesmo
os consumidores com poder
aquisitivo maior perdem a vergonha de pechinchar.
O sucesso das lojas de R$ 1,99
pode ser traduzido em números.
Hoje são 16,5 mil lojas no país. O
setor movimenta cerca de R$ 4,5
bilhões por ano e tem crescimento anual médio de 12%.
Um dos fatores da lucratividade
desse mercado está na forma de
pagamento das mercadorias. Como a quase totalidade dos pagamentos é feita à vista, os lojistas
não precisam enfrentar problemas com clientes inadimplentes.
Uma feira voltada exclusivamente para lojistas de R$ 1,99 está
sendo realizada em São Paulo. A
"4ª Feira R$ 1,99 Brasil" já contabiliza volume de negócios 20%
superior ao da terceira edição.
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