São Paulo, quarta-feira, 20 de março de 2002

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COMÉRCIO

Artigo brasileiro é preferido

Lojas de R$ 1,99 trocam "chinês" por nacional

CÍNTIA CARDOSO
DA REPORTAGEM LOCAL

A indústria nacional já é responsável por 70% da produção de artigos para as lojas de varejo de preço único, conhecidas como lojas de R$ 1,99. As lojas, que tinham como característica a venda de produtos importados, notadamente da China, mudaram de estratégia.
Após uma fase de incertezas, decorrente da desvalorização cambial ocorrida em 1999, as indústrias nacionais decidiram preencher o vazio provocado pela retração das importações.
Segundo especialistas do setor, a utilização de artigos produzidos no Brasil foi responsável pela expansão do consumo dos artigos de R$ 1,99 entre a classe média.
Os produtos nacionais estão melhor adaptados ao gosto do consumidor brasileiro e apresentam qualidade superior à dos similares importados.
O hábito de distribuir "lembrancinhas", comum no Natal, se disseminou em outros períodos do ano. Ao encontrar variedade de mercadorias, que vão de utensílios domésticos a CDs, mesmo os consumidores com poder aquisitivo maior perdem a vergonha de pechinchar.
O sucesso das lojas de R$ 1,99 pode ser traduzido em números. Hoje são 16,5 mil lojas no país. O setor movimenta cerca de R$ 4,5 bilhões por ano e tem crescimento anual médio de 12%.
Um dos fatores da lucratividade desse mercado está na forma de pagamento das mercadorias. Como a quase totalidade dos pagamentos é feita à vista, os lojistas não precisam enfrentar problemas com clientes inadimplentes.
Uma feira voltada exclusivamente para lojistas de R$ 1,99 está sendo realizada em São Paulo. A "4ª Feira R$ 1,99 Brasil" já contabiliza volume de negócios 20% superior ao da terceira edição.



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