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IGP-10 também mostra queda dos
preços, mas ainda de forma lenta
DA SUCURSAL DO RIO
A inflação de março medida pelo IGP-10 (Índice Geral de Preços-10) foi de 1,58%, com queda de
0,84 ponto percentual em relação
ao resultado de fevereiro (2,42%).
O IGP-10 é calculado pela FGV
(Fundação Getúlio Vargas).
Para o economista Salomão
Quadros, coordenador de Análises Econômicas da FGV, "a tendência geral é de baixa", embora
essa queda da inflação ainda venha ocorrendo de maneira lenta.
O IGP-10 de março, que compreende o comportamento dos
preços entre 11 de fevereiro e 10 de
março, foi apenas 0,01 ponto percentual menor que o IGP-DI (Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna) de fevereiro, calculado pela mesma metodologia e
divergindo apenas no período
pesquisado (1º a 28 de fevereiro).
A alta dos preços no atacado,
medida pelo IPA (Índice de Preços por Atacado), caiu de 2,67%
no IGP-10 de fevereiro para 1,74%
no de março. Os preços subiram
2,05% na indústria (3,47% em fevereiro), ligeiramente acima do
1,91% do IPA do IGP-DI. Para
Quadros, a alta não reverte a tendência de queda dos preços industriais.
No varejo, o IPC (Índice de Preços ao Consumidor) registrou alta
de 1,20% em março, ficando 0,88
ponto percentual abaixo do índice de fevereiro (2,08%). Os preços
dos alimentos subiram 1,97%,
contra 2,41% em fevereiro, mantendo ritmo lento de queda.
Para Quadros, essa resistência
dos preços dos alimentos no varejo "é uma questão de tempo" para
ser revertida. No atacado os produtos alimentícios já estão registrando deflação próxima de 1%.
O IGP-10 é formado pelo IPA
(60% de peso), pelo IPC (30%) e
pelo INCC (Índice Nacional de
Custo da Construção). O INCC foi
o único a subir, passando de
1,41% para 1,47% de fevereiro para março.
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