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Bolsas perdem euforia;
petróleo volta a recuar
DA REDAÇÃO
Depois da eufórica recuperação
iniciada na semana passada, os
mercados globais fizeram uma
pausa para respirar. A maioria
das principais Bolsas encerrou o
dia no azul, mas com ganhos modestos.
O índice Dow Jones da Bolsa de
Nova York registrou o sexto dia
seguido de valorização. Ontem a
alta ficou em 0,87%. Desde a semana passada, quando ficou claro
que os EUA e o Reino Unido deixariam a diplomacia de lado e
partiriam para a guerra, o Dow
Jones já subiu cerca de 10%.
Mas o setor de tecnologia foi
afetado por causa das fracas vendas da empresa de informática
Oracle. A Nasdaq encerrou em
queda de 0,25%.
Na Europa, Londres subiu
0,48%, Paris ganhou 1,53% e
Frankfurt teve alta de 1,18%.
"É muito difícil dizer como o
mercado se comportará no curto
prazo, na dependência do que
ocorrerá lá fora [no Iraque]", disse Brian Pears, da corretora Victory Capital Management.
Barril de pólvora
Já a cotação do petróleo registrou o quinto dia seguido de queda no mercado norte-americano,
ficando abaixo de US$ 30 pela primeira vez desde dezembro. O barril para entrega em abril encerrou
o pregão sendo vendido a US$
29,88, com queda de 5,65%. O
óleo para entrega em maio, que
passará a ser o contrato de referência do mercado, recuou 2,3%,
para US$ 29,36.
Em Londres, na Bolsa Internacional do Petróleo, a cotação fechou em ligeira alta de 0,92%, a
US$ 27,50.
Desde que atingiu seu recente
pico no mercado americano, de
US$ 39,99, no mês passado, as cotações já caíram cerca de 25%. A
venda de contratos que estavam
nas mãos de fundos especulativos
seriam a explicação para boa parte da queda, mas, daqui para a
frente, o comportamento dependerá da evolução do conflito e
suas consequências.
"O prêmio de guerra [sobretaxa
cobrada por causa do conflito] é
um conceito teórico, que não tem
uma metodologia de cálculo aceita", disse Tim Evans, analista de
energia da corretora IFR-Pegasus.
"Mas a queda nos preços agora,
antes das primeiras bombas, indica que há margem para uma alta
se a invasão não correr bem ou se
o Iraque conseguir destruir seus
campos de exploração."
Produção iraquiana
A indústria petrolífera iraquiana precisará de, pelo menos, dois
anos de investimentos para que
consiga ampliar seus níveis de
produção de maneira expressiva,
após uma eventual ocupação norte-americana. Segundo Martin
Purvis, da consultoria Wood
Mackenzie, a produção do Iraque
poderia chegar a 3 milhões de
barris diários em 2005. Hoje, a capacidade de extração é de cerca de
2,8 milhões de barris diários.
Ainda segundo Purvis, em 2012
os poços iraquianos poderão estar
produzindo até 6 milhões de barris ao dia. "O Iraque explorou
apenas algumas de suas recentes
descobertas e há muitos, muitos
campos que permanecem praticamente intocados", afirmou.
Com agências internacionais
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