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São Paulo, quinta-feira, 20 de março de 2003

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Governo terá ações contra guerra

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O ministro do Planejamento, Guido Mantega, disse ontem que o governo vai tomar um conjunto de ações imediatas para responder ao cenário de guerra no Iraque. "Essas ações imediatas serão anunciadas depois", afirmou, sem citar quais medidas serão adotadas pelo governo Lula.
Mantega disse ainda que medidas preventivas já foram tomadas e citou a elevação da meta deste ano para o superávit primário (receitas menos despesas, sem contar os gastos com juros), que passou de 3,75% para 4,75% do PIB.
"Os mercados têm reagido muito favoravelmente ao Brasil num cenário de guerra. Estamos sendo menos castigados do que outros países emergentes. Pelo contrário, estamos sendo bem tratados", afirmou Mantega, em entrevista para tratar da segunda reunião ministerial após a posse, realizada na Granja do Torto.
Na reunião, da qual participaram todos os ministros, com exceção de Nilmário Miranda (Direitos Humanos), o governo discutiu o PPA (Plano Plurianual) e a iminência da guerra.
Solicitado a detalhar as medidas a ser adotadas caso o Iraque seja atacado, o ministro Luiz Dulci (Secretaria Geral) disse: "Sobre a guerra, o governo anunciará num momento oportuno. Há uma série de variáveis. O horário brasileiro não é o horário de Bagdá. Estamos acompanhando o que acontece lá. Não é uma questão de anunciar intenções. Depende do tipo de coisa que acontecer".
Para Mantega, num cenário pessimista poderia haver alta do preço do petróleo, diminuição de créditos internacionais e restrição de atividades comerciais. Mas ele disse acreditar num cenário otimista. "O petróleo deu sinais de queda e houve até uma recuperação das Bolsas. Talvez a guerra não tenha maiores repercussões do ponto de vista econômico."

Copom
Ao comentar a decisão de ontem do Copom, que manteve as taxas de juros básicas, Mantega disse que estão sendo criadas as condições para que as taxas caiam. "Daqui a pouco teremos crescimento da economia", afirmou o ministro.
Para 2004, além de mais crescimento econômico, ele afirmou que a arrecadação também vai subir por causa da reforma tributária. Segundo ele, a partir de 2004 as condições estarão equilibradas, o que permitirá um crescimento acima de 3%, 4% do PIB."
(SÍLVIA MUGNATTO, LUCIANA CONSTANTINO, LEILA SUWWAN)


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