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Governo terá ações contra guerra
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O ministro do Planejamento,
Guido Mantega, disse ontem que
o governo vai tomar um conjunto
de ações imediatas para responder ao cenário de guerra no Iraque. "Essas ações imediatas serão
anunciadas depois", afirmou,
sem citar quais medidas serão
adotadas pelo governo Lula.
Mantega disse ainda que medidas preventivas já foram tomadas
e citou a elevação da meta deste
ano para o superávit primário (receitas menos despesas, sem contar os gastos com juros), que passou de 3,75% para 4,75% do PIB.
"Os mercados têm reagido muito favoravelmente ao Brasil num
cenário de guerra. Estamos sendo
menos castigados do que outros
países emergentes. Pelo contrário,
estamos sendo bem tratados",
afirmou Mantega, em entrevista
para tratar da segunda reunião
ministerial após a posse, realizada
na Granja do Torto.
Na reunião, da qual participaram todos os ministros, com exceção de Nilmário Miranda (Direitos Humanos), o governo discutiu o PPA (Plano Plurianual) e a
iminência da guerra.
Solicitado a detalhar as medidas
a ser adotadas caso o Iraque seja
atacado, o ministro Luiz Dulci
(Secretaria Geral) disse: "Sobre a
guerra, o governo anunciará num
momento oportuno. Há uma série de variáveis. O horário brasileiro não é o horário de Bagdá. Estamos acompanhando o que
acontece lá. Não é uma questão de
anunciar intenções. Depende do
tipo de coisa que acontecer".
Para Mantega, num cenário
pessimista poderia haver alta do
preço do petróleo, diminuição de
créditos internacionais e restrição
de atividades comerciais. Mas ele
disse acreditar num cenário otimista. "O petróleo deu sinais de
queda e houve até uma recuperação das Bolsas. Talvez a guerra
não tenha maiores repercussões
do ponto de vista econômico."
Copom
Ao comentar a decisão de ontem do Copom, que manteve as
taxas de juros básicas, Mantega
disse que estão sendo criadas as
condições para que as taxas
caiam. "Daqui a pouco teremos
crescimento da economia", afirmou o ministro.
Para 2004, além de mais crescimento econômico, ele afirmou
que a arrecadação também vai subir por causa da reforma tributária. Segundo ele, a partir de 2004
as condições estarão equilibradas,
o que permitirá um crescimento
acima de 3%, 4% do PIB."
(SÍLVIA MUGNATTO, LUCIANA CONSTANTINO, LEILA SUWWAN)
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