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TELECOMUNICAÇÕES
Alternativa deve beneficiar quem faz ligações mais longas
Anatel aprova novo plano para conversão de tarifas
HUMBERTO MEDINA
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
A Anatel (Agência Nacional de
Telecomunicações) aprovou ontem proposta alternativa para a
conversão de pulsos para minutos
no sistema de tarifação da telefonia fixa local.
A nova proposta tem como objetivo evitar perdas para usuários
que fazem habitualmente ligações
de longa duração. A estimativa da
agência reguladora é que a conversão do sistema de cobrança de
pulso para minutos comece a ser
feita a partir de novembro ou dezembro deste ano.
Com a decisão da agência, as
operadoras de telefonia fixa terão
que oferecer dois planos de serviço aos usuários: o básico (que já
havia sido aprovado) e o alternativo (aprovado ontem). Os dois
planos terão o mesmo valor de assinatura e habilitação e os mesmo
critérios de reajuste.
A diferença entre um e outro está em como foi feita a conversão
de pulso para minuto. A proposta
será objeto de consulta pública e
poderá ser alterada.
Franquia
No plano básico, o pulso foi
convertido em aproximadamente
1,7 minuto. A franquia mensal ficou estabelecida em 200 minutos.
O tempo de tarifação mínimo será
de 30 segundos. Isso significa que,
entre 3 e 30 segundos de ligação
telefônica, será cobrado o valor de
meio minuto.
A partir de 30 segundos, será cobrado 1/10 de minuto a cada seis
segundos. Esse plano é mais vantajoso para quem faz ligações
mais curtas, com duração inferior
a três minutos.
No plano alternativo, o pulso
passou a valer quatro minutos.
Nesse plano, existe uma "taxa de
completamento" da ligação, equivalente a quatro minutos. Nessa
taxa, não está incluída a tarifação
pelo telefonema propriamente dito. Ou seja, se o usuário falar quatro minutos, paga o equivalente a
oito minutos (taxa de completamento mais tarifação pelo tempo
da ligação).
Internet
Assim como no plano básico, a
tarifação acontece a cada seis segundos (1/10 de minuto a cada
seis segundos). A franquia, no entanto, é maior, de 400 minutos
mensais. Quem faz ligações mais
longas, como as de conexão discada à internet, deve optar por esse
plano.
"Uma pessoa que sistematicamente só faz chamadas de curta
duração, menor que três minutos,
é beneficiada pelo plano básico",
afirmou Pedro Jaime Ziller, diretor da Anatel. "Cada assinante deve analisar seu perfil e decidir o
que é melhor", afirmou.
De acordo com o diretor da
agência de telecomunicações, caso o usuário não informe à operadora qual a sua opção, será automaticamente enquadrado no plano básico.
Inicialmente, a agência reguladora havia previsto apenas o plano básico. O Ministério das Comunicações e entidades de defesa
do consumidor criticaram a proposta, porque ela poderia aumentar o custo da ligação para quem
faz chamadas com duração superior a três minutos em até quatro
vezes.
A conversão de pulsos para minuto deveria ter começado no
mês passado, mas o governo decidiu adiá-la.
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