São Paulo, quinta-feira, 20 de maio de 2004

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REVIRAVOLTA

Para o governo, vulnerabilidade era menor

"Estamos tranqüilos no Brasil", disse Lula

DA REDAÇÃO

A decisão do Copom de manter os juros em 16% ao ano, citando a "volatilidade recente" como argumento, contradisse o discurso adotado pelo governo nos últimos dias.
Em reunião com deputados do PT no início da semana passada, o ministro Antonio Palocci Filho (Fazenda) disse que haveria a continuidade da "diminuição gradativa dos juros".
O ministro disse na ocasião haver margem para novas reduções porque a inflação projetada para os próximos 12 meses estava abaixo da meta do ano.
"A vulnerabilidade externa hoje é menor", afirmou ainda Palocci, com o argumento da queda da parcela da dívida pública interna indexada ao dólar.
Em exposição a empresários em Brasília, também na semana passada, Palocci e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltaram ao tema. "Nós sabemos o que representa a economia mundial, sabemos o que pode significar o aprofundamento da crise para os países emergentes, mas aqui no Brasil estamos totalmente tranqüilos", declarou Lula.
No início do mês, o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, disse que o país estava em melhor situação. Em palestra no Rio, destacou a previsão de saldo em transações correntes neste ano e afirmou que o país estava menos vulnerável a choques externos, citando a possível alta do juro nos EUA.


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