|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
REVIRAVOLTA
Para o governo, vulnerabilidade era menor
"Estamos tranqüilos no Brasil", disse Lula
DA REDAÇÃO
A decisão do Copom de
manter os juros em 16% ao
ano, citando a "volatilidade recente" como argumento, contradisse o discurso adotado pelo governo nos últimos dias.
Em reunião com deputados
do PT no início da semana passada, o ministro Antonio Palocci Filho (Fazenda) disse que
haveria a continuidade da "diminuição gradativa dos juros".
O ministro disse na ocasião
haver margem para novas reduções porque a inflação projetada para os próximos 12 meses
estava abaixo da meta do ano.
"A vulnerabilidade externa
hoje é menor", afirmou ainda
Palocci, com o argumento da
queda da parcela da dívida pública interna indexada ao dólar.
Em exposição a empresários
em Brasília, também na semana passada, Palocci e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva
voltaram ao tema. "Nós sabemos o que representa a economia mundial, sabemos o que
pode significar o aprofundamento da crise para os países
emergentes, mas aqui no Brasil
estamos totalmente tranqüilos", declarou Lula.
No início do mês, o presidente do Banco Central, Henrique
Meirelles, disse que o país estava em melhor situação. Em palestra no Rio, destacou a previsão de saldo em transações correntes neste ano e afirmou que
o país estava menos vulnerável
a choques externos, citando a
possível alta do juro nos EUA.
Texto Anterior: Pé no freio: Indústria e comércio temem que decisão afete retomada Próximo Texto: Bastidores: Planalto vê "erro grave" Índice
|