São Paulo, quinta-feira, 20 de maio de 2004

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LOUCOS POR TELEFONE

Aparelhos tomam 1,25% do orçamento

Na região Norte, rico compra mais celular

KÁTIA BRASIL
DA AGÊNCIA FOLHA, EM MANAUS

O garoto Matheus, 9, espera com ansiedade a chegada de seu aniversário, em dezembro, quando ganhará um telefone celular de presente, segundo promessa de seus pais. Será o quarto aparelho adquirido pela família do chefe de manutenção Jair Torres da Silva, 42.
"Só eu não tenho um celular", diz o garoto, que faz parte de uma família com renda superior a R$ 6.000 da região Norte. É nessa região que famílias de renda superior mais gastam com celulares no país -elas comprometem 1,25% de seu orçamento, enquanto quem tem renda similar no Sudeste gasta 0,85%.
Na casa de Matheus, os gastos com celulares chegam a 2% do orçamento familiar. São três aparelhos comprados entre 2000 e 2003, período em que dois foram substituídos por mais modernos.
Já na família do servidor público Sérgio Barthólo, despesas com celular comprometem 2,2% do orçamento.
Mas há limites para os gastos. O filho mais novo, Ian, 14, só pode gastar por mês R$ 40; o mais velho, Daniel, R$ 80. Sua mulher, Margareth, R$ 300. "Eu gasto no máximo R$ 250", afirma Barthólo.
Entre 1999 e 2003, a família comprou quatro aparelhos pós-pagos. Os celulares já foram substituídos por modelos novos 12 vezes.


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