São Paulo, quinta-feira, 20 de maio de 2004

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LOUCOS POR CABELEIREIRO

Pobres da região gastam mais em cabeleireiros

Centro-Oeste enche os salões de beleza

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Ao ser atendida simultaneamente por duas manicures e uma cabeleireira em um shopping center de Brasília, a gerente administrativa Gisele Gonçalves Silva Guimarães, 26, resumiu assim o seu hábito de ir ao salão de beleza pelo menos duas vezes por semana: "Levanta a auto-estima".
Gisele evita mencionar cifras. Mas diz que gasta, em média, quase 10% de seu salário para cuidar de cabelos, unhas e pele. A gerente é um dos vários exemplos de pessoas que freqüentam os cerca de 5.000 salões de cabeleireiros que funcionam no Distrito Federal e que empregam 35 mil pessoas, de acordo com o sindicato da categoria.
Segundo a POF, as famílias de menor renda do Centro-Oeste (R$ 1.200) são as que mais gastam com cabeleireiros. Nos estratos de renda mais alta (de R$ 2.000 a R$ 6.000), ganham as famílias do Sudeste.
No mercado brasiliense, o preço do corte de cabelo, por exemplo, varia entre R$ 4 e R$ 60. O autônomo Emerson Ramos opta pelo valor mais baixo, por isso diz procurar cabeleireiros que trabalham na Esplanada dos Ministérios, como José Rodrigues.
Com espelho pendurado em uma árvore e uma cadeira de bar, Rodrigues trabalha há três anos no local. "Atendo mais homens. Mulheres têm vergonha de cortar o cabelo na rua."


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