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LOUCOS POR CABELEIREIRO
Pobres da região gastam mais em cabeleireiros
Centro-Oeste enche
os salões de beleza
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Ao ser atendida simultaneamente por duas manicures e
uma cabeleireira em um shopping center de Brasília, a gerente administrativa Gisele Gonçalves Silva Guimarães, 26, resumiu assim o seu hábito de ir
ao salão de beleza pelo menos
duas vezes por semana: "Levanta a auto-estima".
Gisele evita mencionar cifras.
Mas diz que gasta, em média,
quase 10% de seu salário para
cuidar de cabelos, unhas e pele.
A gerente é um dos vários
exemplos de pessoas que freqüentam os cerca de 5.000 salões de cabeleireiros que funcionam no Distrito Federal e
que empregam 35 mil pessoas,
de acordo com o sindicato da
categoria.
Segundo a POF, as famílias de
menor renda do Centro-Oeste
(R$ 1.200) são as que mais gastam com cabeleireiros. Nos estratos de renda mais alta (de R$
2.000 a R$ 6.000), ganham as
famílias do Sudeste.
No mercado brasiliense, o
preço do corte de cabelo, por
exemplo, varia entre R$ 4 e R$
60. O autônomo Emerson Ramos opta pelo valor mais baixo, por isso diz procurar cabeleireiros que trabalham na Esplanada dos Ministérios, como
José Rodrigues.
Com espelho pendurado em
uma árvore e uma cadeira de
bar, Rodrigues trabalha há três
anos no local. "Atendo mais
homens. Mulheres têm vergonha de cortar o cabelo na rua."
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