São Paulo, quinta-feira, 20 de maio de 2004

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Missão do Brasil tenta reduzir barreiras à soja

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O Ministério da Agricultura enviou ontem uma missão para a China para discutir critérios para o recebimento de grãos de soja do Brasil. O governo brasileiro considera muito rigorosas as exigências dos chineses. Segundo a Agricultura, os chineses trabalham com tolerância zero quando recebem soja do Brasil.
Na semana passada, a China proibiu quatro empresas (Bianchini, Cargill Agrícola, Irmãos Trevisan e Noble Grains) de exportarem soja do Brasil para seus portos. A China recusou um carregamento de soja dessas empresas, pois alega ter identificado a presença de sementes contaminadas com fungicida no navio. A carga teve de voltar para o Brasil.
Desde então, a pedido da China, o Brasil reforçou a fiscalização nos portos e incluiu, nas análises necessárias para liberar as exportações, testes para identificar a presença de sementes tratadas com fungicida.
O assunto estará na pauta da viagem que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva faz à China a partir do final de semana.
No momento, dois navios aguardam, no porto de Rio Grande (RS), os resultados das análises para poderem zarpar para a China. Os testes serão feitos em todos os embarques.
No final da semana passada, um navio da Chinatec, segundo o Ministério da Agricultura, deixou o Sul do país sem receber o certificado necessário para a exportação. A empresa informou ao ministério que o navio volta, neste momento, para o Brasil.
O principal objetivo da missão para a China é convencer o parceiro comercial a aceitar carregamentos que contenham um determinado percentual de sementes, segundo o secretário de Defesa Agropecuária, Maçao Tadano.
Para o ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues, a missão "vai criar condições de fluidez no comércio entre os dois países". O Brasil quer critérios claros para a qualidade da soja, para evitar que novos carregamentos sejam barrados de entrar no país.


Texto Anterior: Ameaça emergente: Investimento na China reduz ritmo
Próximo Texto: Restrições preocupam o governo Kirchner
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.