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Missão do Brasil tenta
reduzir barreiras à soja
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O Ministério da Agricultura enviou ontem uma missão para a
China para discutir critérios para
o recebimento de grãos de soja do
Brasil. O governo brasileiro considera muito rigorosas as exigências dos chineses. Segundo a Agricultura, os chineses trabalham
com tolerância zero quando recebem soja do Brasil.
Na semana passada, a China
proibiu quatro empresas (Bianchini, Cargill Agrícola, Irmãos
Trevisan e Noble Grains) de exportarem soja do Brasil para seus
portos. A China recusou um carregamento de soja dessas empresas, pois alega ter identificado a
presença de sementes contaminadas com fungicida no navio. A
carga teve de voltar para o Brasil.
Desde então, a pedido da China,
o Brasil reforçou a fiscalização nos
portos e incluiu, nas análises necessárias para liberar as exportações, testes para identificar a presença de sementes tratadas com
fungicida.
O assunto estará na pauta da
viagem que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva faz à China a partir do final de semana.
No momento, dois navios
aguardam, no porto de Rio Grande (RS), os resultados das análises
para poderem zarpar para a China. Os testes serão feitos em todos
os embarques.
No final da semana passada, um
navio da Chinatec, segundo o Ministério da Agricultura, deixou o
Sul do país sem receber o certificado necessário para a exportação. A empresa informou ao ministério que o navio volta, neste
momento, para o Brasil.
O principal objetivo da missão
para a China é convencer o parceiro comercial a aceitar carregamentos que contenham um determinado percentual de sementes, segundo o secretário de Defesa Agropecuária, Maçao Tadano.
Para o ministro da Agricultura,
Roberto Rodrigues, a missão "vai
criar condições de fluidez no comércio entre os dois países". O
Brasil quer critérios claros para a
qualidade da soja, para evitar que
novos carregamentos sejam barrados de entrar no país.
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