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Executivos descartam demissões e fechamento de fábricas no país
TATIANA RESENDE
DA REDAÇÃO
Demissões de "chão de fábrica" e fechamento de unidades
foram descartados pelos presidentes dos conselhos de administração da Perdigão, Nildemar Secches, e da Sadia, Luiz
Fernando Furlan. Os executivos disseram ainda que pode
haver redução de preços dos
produtos com os ganhos de
junção da logística.
"Provavelmente vamos ter
transferência de sinergia para
os consumidores", comentou
Furlan, lembrando que, além
das empresas brasileiras, há várias multinacionais competindo no mercado interno, como
Cargill, Tyson e Bunge. "Teremos o bom senso não só de conservar nossos consumidores
como expandir através de melhores benefícios, como qualidade e preço", completou.
Uma empresa será contratada para identificar as sinergias
e ajudar na integração das duas
indústrias de alimentos. A estimativa inicial é que a economia
com o negócio possa variar de
R$ 2 bilhões a R$ 4 bilhões.
Segundo Furlan, não há coincidência de fábricas nas mesmas localidades, e os produtores de matéria-prima costumam ficar a menos de 50 quilômetros, pois "longas distâncias
prejudicam muito a qualidade e
os custos".
Em breve, os executivos devem visitar as autoridades de
defesa da concorrência na
União Europeia e no Brasil para apresentar os detalhes do
processo de integração.
Um estudo está sendo feito
para avaliar a participação de
mercado nacional e regional da
nova empresa.
Sadia e Brasil Foods vão existir por um tempo, pois essa última herdará o CNPJ da Perdigão. A Sadia tem compensações
fiscais a descontar devido ao
prejuízo registrado no ano passado. Secches e Furlan vão dividir a copresidência do conselho
de administração por um período de dois anos.
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