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ROBERT RUBIN
"Faltam políticas para os pobres"
EM NOVA YORK
Os países da América Latina
precisam desenvolver políticas
voltadas para a população pobre, na opinião de Robert Rubin. Segundo ele, uma das grandes diferenças entre a Ásia e a
América Latina é que os governos da primeira região "equipararam" os pobres para que pudessem ascender economicamente. "É do interesse de países
como México e Brasil implementar políticas de ajuda aos
pobres", afirmou Rubin, economista de vertente liberal.
Para ele, é preciso que os governos latino-americanos invistam em educação, saúde e o que
chama de "redes de segurança".
A adoção de políticas desse tipo explica em parte, para ele, o
alto nível de desenvolvimento
atingido na Ásia em comparação à América Latina. Por isso,
de acordo com Rubin, apesar
das reformas macroeconômicas
bem-sucedidas, os países latino-americanos têm apresentado taxas de crescimento decepcionantes nos últimos anos.
"Se você olhar para o Brasil e o
México, que são as duas maiores economias da região, muito
foi atingido, o que é muito impressionante. Mas as taxas de
crescimento tem sido decepcionantes. Por outro lado, se você
olhar o que ocorreu na Ásia, onde também ocorreram reformas, e depois olhar para o Brasil
e o México, há, obviamente,
uma diferença enorme em termos de taxas de crescimento."
O economista diz que as
imensas disparidades de renda
na América Latina chamam a
atenção. "Também havia um alto nível de pobreza na Ásia cerca
de 30 ou 40 anos atrás. Mas me
parece que a diferença é que alguns países asiáticos se focaram
muito mais em tentar equipar
os pobres para que pudessem
ascender economicamente."
Implementar políticas que
ataquem esses problemas é, segundo Rubin, o grande desafio
de países como México e Brasil.
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