São Paulo, terça-feira, 20 de setembro de 2005

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Novo título dá proteção contra crises cambais

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Os títulos da dívida externa emitidos ontem pelo Tesouro são semelhantes aos títulos públicos negociados no mercado doméstico. A única diferença está na forma de pagamento: enquanto no Brasil as transações são feitas todas em real, no exterior ela é feita em dólar.
Isso significa que, com a operação de ontem, o governo conseguiu captar dólares. Mas fez isso via empréstimo corrigido pelo real, o que elimina o risco cambial da operação.
Seria a mesma coisa de uma pessoa que, no Brasil, contrai um empréstimo corrigido pelo dólar: apesar de todos os pagamentos serem efetuados em reais, é a cotação da moeda dos EUA que servirá de referência para o cálculo das prestações.
No caso da emissão feita pelo governo ontem, porém, o que ocorre é o inverso: o Tesouro pegou dólares no mercado internacional, mas, ao efetuar os pagamentos, o cálculo será feito com base no real.
A vantagem é a proteção que se consegue contra eventuais crises. Mesmo num momento de turbulência, em que a cotação do dólar pode disparar, o valor de parte da dívida externa do governo não será afetado.


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