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SAIBA MAIS
Novo título dá proteção contra crises cambais
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Os títulos da dívida externa
emitidos ontem pelo Tesouro
são semelhantes aos títulos públicos negociados no mercado
doméstico. A única diferença
está na forma de pagamento:
enquanto no Brasil as transações são feitas todas em real, no
exterior ela é feita em dólar.
Isso significa que, com a operação de ontem, o governo
conseguiu captar dólares. Mas
fez isso via empréstimo corrigido pelo real, o que elimina o
risco cambial da operação.
Seria a mesma coisa de uma
pessoa que, no Brasil, contrai
um empréstimo corrigido pelo
dólar: apesar de todos os pagamentos serem efetuados em
reais, é a cotação da moeda dos
EUA que servirá de referência
para o cálculo das prestações.
No caso da emissão feita pelo
governo ontem, porém, o que
ocorre é o inverso: o Tesouro
pegou dólares no mercado internacional, mas, ao efetuar os
pagamentos, o cálculo será feito com base no real.
A vantagem é a proteção que
se consegue contra eventuais
crises. Mesmo num momento
de turbulência, em que a cotação do dólar pode disparar, o
valor de parte da dívida externa
do governo não será afetado.
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