São Paulo, terça-feira, 20 de setembro de 2005

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BARRIL DE PÓLVORA

Produto sobe US$ 4,39 em Nova York sob temor de que novo furacão possa atingir refinarias no golfo do México

Petróleo tem maior alta diária já registrada

DA REDAÇÃO

O petróleo subiu mais de US$ 4 ontem, a maior alta diária já registrada, devido ao medo de que a tempestade tropical Rita destrua mais instalações petrolíferas no golfo do México, que ainda se recupera dos danos causados pelo furacão Katrina.
O barril de petróleo subiu 7%, ou US$ 4,39, para US$ 67,39 na Bolsa de Nova York. Em Londres, o petróleo subiu US$ 3,80, ou 6,2%, para US$ 65,61.
A tempestade tropical Rita está nas Bahamas e toma força. A tempestade pode se tornar um furacão e atingir o golfo do México, que produz cerca de 35% do petróleo doméstico americano, e o Estado do Texas, que tem a maior capacidade de refino do país, até o final desta semana.
As petrolíferas Chevron e a Shell já começaram a evacuar funcionários de suas plataformas na região do golfo.
"O principal fator hoje é a tempestade tropical Rita. Nós não podemos nos dar ao luxo de perder mais produção [de petróleo]", disse Phil Flynn, analista da Alaron Trading. Para Tom Kloza, analista da Oil Price Information Service, porém, "isso [a alta do petróleo] é especulação e medo sobre o que é mais ou menos um evento comum em um mês de setembro".
Os ministros da Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) se reuniram ontem e pareciam estar perto de um acordo para disponibilizar 2 milhões de barris diários extras ao mercado. A reunião segue hoje, em Viena, quando os ministros devem decidir se disponibilizam os barris por um período ou se aumentam o teto de produção da organização em 500 mil barris diários.
Nos últimos meses, as promessas de produção maior da Opep tem sido quase ignoradas pelo mercado, já que muitos analistas acreditam que há pouca capacidade excedente de produção de petróleo bruto. Outros analistas, e a própria Opep, dizem que o problema é a falta de capacidade de refino.
Os aumentos de produção da Opep também não têm servido para acalmar o mercado porque os países-membros da organização já produzem acima de suas cotas.
As Bolsas dos EUA caíram devido à alta do petróleo; o índice Dow Jones, da Bolsa de Nova York, caiu 0,8%, e a Nasdaq, 0,7%.


Com agências internacionais


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