São Paulo, quarta-feira, 20 de outubro de 2004
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O VAIVÉM DAS COMMODITIES Mercado crescente O álcool deverá ser o motor do setor sucroalcooleiro daqui para a frente. O setor se mostra confiante tanto no desenvolvimento do consumo interno como no equilíbrio que as exportações podem trazer para as indústrias do setor. É o que ficou evidente ontem na 4ª Conferência Internacional da Datagro sobre Açúcar e Álcool, realizada em São Paulo. Demanda forte Ricardo Ferreira Santos, da Crystalsev, diz que a demanda virtual para as exportações no próximo ano será de 3,8 bilhões de litros de álcool. Em 2010, no entanto, essa demanda já será de 13,3 bilhões, após a implementação de vários programas de substituição de energia por diversos países. Maior esperança A maior esperança nas exportações vem do Japão. Nas contas de Santos, esse país terá um mercado de 6 bilhões de litros em 2010. Hoje é de 500 mil litros. Europa, com 3,8 bilhões, e Índia (1,5 bilhão de litros) também serão bons mercados para as exportações brasileiras. Participação maior A partir de agora haverá uma migração maior para o álcool no setor sucoalcooleiro, especialmente porque o mercado externo deverá dar equilíbrio ao setor. Na safra 2003/4, 8,1% do álcool produzido foi para o mercado externo. Neste ano, serão 14,5%. Geração de caixa As exportações de álcool serão um item importante também na geração mensal de caixa para as usinas. Hoje, o produto é responsável por 4,8%, percentual que deverá subir para 18,1% no futuro, conforme estimativas da Unica. Lições de qualidade 1 Os consumidores mundiais de café ainda não reconhecem o Brasil com símbolo de qualidade. Nos Estados Unidos e na Europa, o público consumidor sempre associa café de qualidade à Colômbia e à América Central. Lições de qualidade 2 Os países produtores de café, no entanto, já começam a se preocupar. Prova disso é que a Colômbia acaba de convidar Sílvio Leite para dirigir um concurso de qualidade de café naquele país. Leite foi o chefe do júri do 6º concurso de qualidade realizado pela BSCA (Associação Brasileira de Cafés de Qualidade) na semana passada. Recuperação As principais commodities negociadas em Chicago fecharam em alta ontem. A liderança ficou para a soja, que subiu 2,53%. Em 30 dias, no entanto, o produto ainda acumula queda de 4,6%. Volta atrás Os EUA deverão rever, nesta semana, a proibição de importações de foie gras (patê de fígado de pato) francês. A proibição foi iniciada em fevereiro, quando a União Européia havia suspendido a compra de aves dos EUA, devido à gripe aviária no Texas. Ultrapassando fronteiras Um leilão que será realizado na sexta-feira no Canadá vai vender uma coleta de embriões de uma doadora de fazenda brasileira, a AgroZurita, de Ivan Fábio Zurita. É a primeira vez que ocorrerá a participação de um criador fora do eixo Canadá/EUA no leilão. E-mail: mzafalon@folhasp.com.br Texto Anterior: Crise no ar: Infraero acusa Vasp de apropriação indébita Próximo Texto: Ortodoxia: Camdessus defende reformas na França Índice |
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