e da Reportagem Local

A General Motors demitiu ontem 274 funcionários que tinham contrato temporário de trabalho e abriu as inscrições para o programa de demissões voluntárias nas fábricas de São José dos Campos e São Caetano do Sul.
A GM é a terceira montadora -as outras são Ford e Scania- a abrir plano de dispensas. O objetivo, segundo a empresa, é adequar a produção à demanda do mercado.
A medida foi tomada no primeiro dia de trabalho dos 7.000 funcionários da unidade de São José,que voltavam das férias coletivas de dez dias.
Aparecido Inácio da Silva, o Cidão, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Caetano, diz que o plano é o mesmo que havia sido apresentado aos sindicatos no mês passado e, em seguida, retirado pela empresa.
Os trabalhadores têm até final de novembro para aderir ao programa. A montadora não divulgou o número de pessoas que pretende demitir. A previsão de Cidão é que, em São Caetano, entre 300 e 400 funcionários aceitem a proposta.
O presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São José, Renato Bento Luis, disse que a empresa estuda dar novas férias coletivas em novembro e acabar com o terceiro turno em São José. Segundo ele, a empresa espera que 1.100 funcionários se inscrevam no programa de demissões.
De acordo com o plano, o funcionário que tiver entre um e quatro anos de trabalho na empresa pode receber três salários, além das verbas rescisórias regulares. Os benefícios seguem uma escala crescente de acordo com o tempo de serviço. Quem trabalhou por 23 anos ou mais, por exemplo, vai receber seis salários. No caso de aposentados, nove. Os que aderirem ao programa de demissões terão quatro meses de assistência médica gratuita. Já os aposentados terão 24 meses.

Fiat
A Fiat voltou a produzir ontem, após quatro dias de paralisação. A empresa decidiu conceder licença remunerada até 20 de novembro para um grupo de 2.500 funcionários. A fábrica vai montar 1.800 carros por dia em dois turnos.



Texto Anterior | Próximo Texto | Índice