São Paulo, terça, 20 de outubro de 1998

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Maioria acha que câmbio vai mudar logo

da Reportagem Local

A julgar pela pesquisa do Bicbanco, o governo não conseguiu convencer todas as empresas de que não vai mexer no câmbio nos próximos meses.
Os executivos se dividiram entre os que acham que o governo não irá alterar a política cambial (57,4%) e os que apostam em mudanças no modelo (42,6%).
Entre aqueles que acreditam na manutenção do atual ritmo de desvalorização do real, cerca da metade defende que o governo corrija o desequilíbrio da balança comercial criando subsídios às exportações.
A outra metade se divide entre medidas para elevar as alíquotas de impostos sobre importação (22,8%) ou instituição de cotas para compras no exterior (26,9%).

Para já
Os entrevistados que prevêem a alteração do câmbio já tem até data para a mudança.
Metade acredita que o governo vai mexer na política cambial ainda neste ano. Cerca de 40% acha que a medida vem no primeiro trimestre de 99. Apenas uma minoria, de 9,7%, acha que o sistema muda mais tarde.
Os diretores que acreditam na mudança no câmbio defendem que o governo aumente o ritmo das desvalorizações (48,4%), alargue a faixa de flutuação do valor do real (39,5%). Só uma minoria, de 12,1%, quer uma grande desvalorização em uma única tacada.
Para 92,3% dos entrevistados, o melhor conjunto de medidas na área fiscal para convencer analistas financeiros e investidores prevê a imediata votação das reformas econômicas no Congresso.



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