São Paulo, terça, 20 de outubro de 1998

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Começa greve em Angra 1

TONI SCIARRETTA
da Sucursal do Rio

Os funcionários da usina nuclear de Angra 1 (RJ) entraram em greve, ontem, por tempo indeterminado. Eles reivindicam a manutenção de subsídios na moradia, água e luz concedidos pela Eletronuclear, estatal que administra a usina.
Em julho, a Eletronuclear começou a cobrar aluguel no valor de 5% do salário nominal dos empregados. A empresa pretende cobrar também energia elétrica e água de seus funcionários.
Segundo o diretor da Associação dos Empregados da Eletronuclear José Gabriel Bonfim, esses benefícios eram "salários indiretos", criados como incentivos para o deslocamento das famílias dos empregados para a região de Angra.
Em agosto do ano passado, Angra 1 deixou de ser administrada pela Centrais Elétricas de Furnas e passou para a Eletronuclear. A nova empresa, que está sendo preparada para a privatização, passou então a cortar gastos e benefícios.
A Eletronuclear afirma que cada dia de greve custará R$ 700 mil ao Estado.



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