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Governo perdeu chance de fazer reformas, diz Jorge
Aprovação poderia ter acontecido antes da crise
RAFAEL BRANDIMARTI
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
O ministro do Desenvolvimento, Miguel Jorge, disse ontem que o governo perdeu a
chance de fazer as reformas
trabalhista e tributária fora de
um ambiente de crise.
Em evento realizado em São
Paulo para promover o empreendedorismo, apesar da crise global, o titular da pasta disse
para uma platéia de empresários de vários setores que "nós
[governo] perdemos a chance
de fazer [as reformas] num período de crescimento".
Quanto à reforma tributária,
que está em discussão na Câmara dos Deputados, Miguel
Jorge afirmou que acha difícil
que ela aconteça neste ano, mas
ressaltou que o governo "vai
continuar insistindo".
Falando para uma platéia de
cerca de 150 empresários e ladeado pela empresária Luiza
Helena Trajano, do Magazine
Luiza, o ministro também indicou a formação de um comitê
para ajudar na criação de uma
política específica para o setor
de comércio e serviços.
O comitê ficaria responsável
por discutir medidas como, por
exemplo, a ampliação do Supersimples (sistema simplificado de tributação voltado para
micro e pequenas empresas),
de R$ 2,4 milhões para R$ 3 milhões. Com a medida, um número maior de empresas poderia participar do programa.
A idéia surgiu em meio a críticas do empresariado quanto à
elevada carga tributária cobrada pelo governo.
Para Luiza Helena, o Supersimples "é uma coisa boa, mas
faz com que as pessoas continuem pequenas".
Ao sugerir a criação de um
comitê para o setor varejista e a
revisão do tributo, Luiza Helena, que vai assumir a presidência do IDV (Instituto para Desenvolvimento do Varejo) no
ano que vem, afirmou que "deveria haver um Supersimples
para nós [grandes empresas]".
Miguel Jorge ainda foi questionado sobre a criação de um
Programa de Aceleração do
Empreendedorismo em referência ao PAC (Programa de
Aceleração do Crescimento).
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