São Paulo, domingo, 20 de dezembro de 1998

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Final de ano também é hora de pensar no IR

da Redação

No Brasil é difícil um assalariado fugir do Imposto de Renda, mas em todo final de ano é possível tomar algumas medidas que podem amenizar a mordida do "leão".
O IR das pessoas físicas segue o regime de caixa, e não o de competência, explica o consultor tributário Antonio Carlos Bordin.
"Despesas dedutíveis pagas até 31 de dezembro podem contribuir para que o contribuinte pague menos IR ou aumente a restituição."
Bordin dá, como exemplo, despesas com escola ou tratamentos médicos e odontológicos.
Uma consulta médica feita até o dia 31 já poderá ser abatida na próxima declaração. Se deixar para janeiro, o abatimento só poderá ser feito na declaração de 2000.
No caso de escola, lembra o consultor, só é negócio antecipar o gasto se o contribuinte ainda não ultrapassou o limite de R$ 1.700.
Outra dica é adiar o recebimento de receitas. "Caso você seja um locador de imóvel, adie o recebimento do aluguel de dezembro para janeiro, uma vez que esse valor ampliaria a base de cálculo de seu imposto", afirma Bordin.
Algumas empresas costumam nesta época do ano pagar uma bonificação a seus funcionários. "O recebimento em janeiro é mais interessante", diz ele.
Para o contribuinte se preparar desde já para a declaração de 99, o tributarista aconselha a organização da papelada.
"Na última hora é comum o contribuinte perceber que estão faltando recibos de médicos, dentistas, e nem sempre esses profissionais conseguem emitir uma segunda via, pois sua contabilidade provavelmente estará encerrada."
Caso o contribuinte receba aluguel, deverá reunir todos os recibos. O tributarista lembra que valores acima de R$ 900 por mês obrigam o recolhimento mensal do carnê-leão. Quem não recolheu a tempo deverá fazê-lo com multa e juros Selic.
A declaração de 99, a ser entregue até 30 de abril, só será recebida em disquete pelos bancos autorizados. A declaração será transmitida à Receita e o contribuinte levará o disquete de volta. Como neste ano, o programa estará disponível na Internet.
Quem quiser entregar a declaração em papel terá de procurar um posto da Receita ou agência do correio. Estas cobrarão uma taxa -de valor ainda indefinido- pelo serviço de receber o formulário e encaminhá-lo ao fisco.



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