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Final de ano também
é hora de pensar no IR
da Redação
No Brasil é difícil um assalariado
fugir do Imposto de Renda, mas
em todo final de ano é possível tomar algumas medidas que podem
amenizar a mordida do "leão".
O IR das pessoas físicas segue o
regime de caixa, e não o de competência, explica o consultor tributário Antonio Carlos Bordin.
"Despesas dedutíveis pagas até
31 de dezembro podem contribuir
para que o contribuinte pague menos IR ou aumente a restituição."
Bordin dá, como exemplo, despesas com escola ou tratamentos
médicos e odontológicos.
Uma consulta médica feita até o
dia 31 já poderá ser abatida na próxima declaração. Se deixar para janeiro, o abatimento só poderá ser
feito na declaração de 2000.
No caso de escola, lembra o consultor, só é negócio antecipar o
gasto se o contribuinte ainda não
ultrapassou o limite de R$ 1.700.
Outra dica é adiar o recebimento
de receitas. "Caso você seja um locador de imóvel, adie o recebimento do aluguel de dezembro para janeiro, uma vez que esse valor ampliaria a base de cálculo de seu imposto", afirma Bordin.
Algumas empresas costumam
nesta época do ano pagar uma bonificação a seus funcionários. "O
recebimento em janeiro é mais interessante", diz ele.
Para o contribuinte se preparar
desde já para a declaração de 99, o
tributarista aconselha a organização da papelada.
"Na última hora é comum o contribuinte perceber que estão faltando recibos de médicos, dentistas, e nem sempre esses profissionais conseguem emitir uma segunda via, pois sua contabilidade provavelmente estará encerrada."
Caso o contribuinte receba aluguel, deverá reunir todos os recibos. O tributarista lembra que valores acima de R$ 900 por mês
obrigam o recolhimento mensal
do carnê-leão. Quem não recolheu
a tempo deverá fazê-lo com multa
e juros Selic.
A declaração de 99, a ser entregue até 30 de abril, só será recebida
em disquete pelos bancos autorizados. A declaração será transmitida à Receita e o contribuinte levará
o disquete de volta. Como neste
ano, o programa estará disponível
na Internet.
Quem quiser entregar a declaração em papel terá de procurar um
posto da Receita ou agência do
correio. Estas cobrarão uma taxa
-de valor ainda indefinido- pelo serviço de receber o formulário e
encaminhá-lo ao fisco.
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